HISTÓRIA: Semana Maldita na Globo

© Grupo Folhas - Todos os Direitos Reservados Quem viveu o ano de 1990 , seja criança ou adulto, sabe que a grande atração televisiva daquel...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

ESPECIAL: Balanço da Televisão Brasileira em 2020


O ano que passou se torna impossível de a gente traçar um balanço detalhado sobre a TV brasileira, ainda mais apontando os seus "melhores destaques". A pandemia da Covid-19 mostrou o quanto este pobre veículo está completamente despreparado para um momento tão devastador que o mundo e a sociedade estão vivendo até o momento e isso transparece o domínio de SOCIOPATAS desmandando no veículo e interessados em números de audiência e quantias de dinheiro ao invés do conteúdo da programação e da qualidade de seus quadros profissionais. E pensar que era justamente o ano em que atingia sua sétima década no ar. Metaforicamente, é como se um senhor de 70 anos de idade recém-completados fosse contaminado pelo vírus, recusasse ajuda hospitalar, permanecesse na relutância acreditando que está se sentindo bem, que aquilo não é nada, acusa o Grupo Globo de "inventar essa tal epidemiazinha" ao mesmo tempo em que se derrete de amores a um escroto e desgraçado que desonrou o cargo de Presidente da República. Esse é o retrato da televisão brasileira em 2020. Aliás, nosso país não precisa mais de um Sassá Mutema, necessita mesmo é de um Lee Harvey Osvald. Entendedores entenderão.

desisti dos meus sonhos acerca da TV, não quero me submeter a tendência atual da forma que se produz conteúdos hoje em dia. O amor acabou. A ignorância e a falta de consciência de uma epidemia que matou até agora quase 200 mil pessoas neste país foge do controle. Enquanto isso, só se pensa em criar conteúdos para massagear o ego de minorias mimadas e um tanto mimizentas sócio ideologicamente, que se acham "vítimas da sociedade" por pouca coisa, sob pretexto de ceder pressões. E um bando de nerds, que enfestaram os núcleos digitais das grandes emissoras com fome e sede de interatividade, apenas batem palmas achando o máximo. E o resultado tá aí: a Band está totalmente em frangalhos, a Globo está praticamente se suicidando, a Record usa o poder público para se monopolizar, a Rede TV! só fica babando ovo de um presidente paranoico e o SBT só pensa naquilo: santifica seu Patrão Superstar. A visão para 2021 não é das melhores, pelo contrário, é desanimadora e tende a piorar ainda mais. O revoltante é saber que técnicos, profissionais e artistas dessas emissoras se expõem todos os dias trabalhando sob o risco da contaminação e os casos vêm surgindo, enquanto que os executivos, gananciosos que são, ignoram o assunto.

Não adianta expressar desejo por mudanças porque o mercado consumidor (enfestado de galhofeiros) não deixa, que quer que as coisas estejam como estão para "acompanhar a evolução da sociedade". Na verdade o que vemos é uma "desvolução", provocada pela popularização desenfreada das redes sociais e da digitalização em si. O predomínio absoluto dos consumidores de audiovisual é gente da faixa etária de 13 a 26 anos, praticamente pré-adolescentes mentais, nerds com espinha na cara e hormônios à beça, que nunca levam nada à sério, adoram zoar conteúdos a eles recomendados e compartilhados e vivem uma vida dupla: diante dos pais se comportam de uma forma, mas em seus smart-phones se convertem em lobos em pele de cordeiro. Juntos, são capazes de formar as mais variadas panelinhas que se possa imaginar, panelinhas estas que estão moldando a sociedade. Parece que a Globo está se voltando a esse tipo de público lacrador, jogando na lata do lixo todo o legado deixado por Boni e até por Hans Donner, já que todo visual gráfico vai sofrer uma radical regressão só para se adaptar a "internetização" da TV e adaptá-la como segunda tela (ou, na pior das hipóteses, terceira tela).

Bem, os top 10 dos mais assistidos nacionalmente serão divididos em duas partes: uma com os conteúdos inéditos, jornalísticos, realities e programas ao vivo e um outro com conteúdos enlatados, reprises e versões compactas. Ou seja, em caráter excepcional, cada rede terá dois top 5 seguidos de suas melhores pontuações nacionais registradas em 2020. Como todos os anos é bom a gente fazer a seguinte explicação: através do Painel Nacional de Televisão (PNT), o instituto Kantar-IBOPE mediu os 10 programas de maior audiência da semana das cinco grandes redes de TV em 15 cidades brasileiras de domingo a domingo entre 06h00 e 05h59. O "universo" adotado foi de 26 milhões de domicílios e 70,3 milhões de telespectadores, sendo assim um ponto de audiência equivalendo a 1% deste respectivo universo. As 15 praças pesquisadas foram Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Mas nem sempre esse "universo" traduz em tempo real o que o telespectador está assistindo, muita gente se vale apenas aos 700 domicílios confidenciais da Grande São Paulo que se submetem a utilização de tecnologias ultrapassadas e pré-jurássicas do instituto, que poderia muito bem entrar de cabeça na "era digital" obrigando a instalação de um aplicativo seu em aparelhos smart para contabilizar os views de conteúdo em streaming e em tempo real das emissoras abertas e pagas (bem como a realização de pesquisas socioeconômicas e de opinião pública com o máximo de conforto e segurança).

Antes dos rankings, uma cutucada no IBOPE: como pode esse instituto estar parado no tempo desde os anos 90? Para satisfazer os caprichos de diretores (e apresentadores) ainda dependentes dessa "droga letal"? Os rankings publicados semanalmente em sua página na internet não se moldam a atualidade real de um veículo tão maltratado por sociopatas que é justamente a televisão. Um exemplo é ainda usar a denominação Praça-TV 2ª Edição para os telejornais locais da Globo, o correto seria seu PC central deles configurá-los para a denominação atual, "Praça-2", o que seria mais coerente. E mais, como pode contabilizar separadamente a audiência dos programas de sábado com os de segunda à sexta? Se um programa vai ao ar de segunda à sábado, contabiliza tudo, ora essa, e se um programa tiver longa duração, pra quê dividir em partes (a não ser em segmentos, uns diferentes dos outros)? Tão querendo beneficiar Band e Globo? Como denuncio todos os anos aqui neste blog, ainda tem muita sujeira escondida por debaixo desse tapete do Montenegro. CPI NELES! Agora sim, vamos aos rankings:


Rede Bandeirantes

Conteúdos inéditos:
1) Brasil Urgente - 3,7 pontos
2) Jornal da Band - 3,6 pontos
3) MMA - 2,7 pontos
4) Jogo Aberto - 2,5 pontos
5) Masterchef Brasil - 3,3 pontos

Conteúdos enlatados:
1) Lei & Ordem - 4,5 pontos (recorde do ano)
2) Operação Implacável - 3,8 pontos
3) Cine Band - 4,0 pontos (com o filme Robin Hood, o Príncipe dos Ladrões em 12 de abril)
4) Cineclube - 2,9 pontos (com o filme Reaprendendo a Amar em 29 de abril)
5) Orange Is The New Black - 3,9 pontos


Rede Globo

Conteúdos inéditos:
1) Jornal Nacional - 34,2 pontos (recorde do ano)
2) Praça-2 - 32,0 pontos
3) Amor de Mãe - 34,1 pontos
4) Salve-se Quem Puder - 31,4 pontos
5) Futebol de Quarta-Feira: Estaduais, Brasileirão e Copa do Brasil - 27,0 pontos (com o jogo Flamengo x Barcelona-EQU em 11 de março)

Conteúdos enlatados:
1) Fina Estampa - 33,5 pontos
2) Totalmente Demais - 31,7 pontos
3) A Força do Querer - 27,6 pontos
4) Haja Coração - 24,5 pontos
5) Vale a Pena Ver de Novo: Êta Mundo Bão - 24,9 pontos


Rede Record

Conteúdos inéditos:
1) Jornal da Record - 10,0 pontos
2) Domingo Espetacular - 9,9 pontos
3) Amor Sem Igual - 8,9 pontos (audiência individual de cerca de 3 milhões de telespectadores)
4) Hora do Faro - 8,9 pontos (audiência individual de mais de 2,9 milhões de telespectadores)
5) Cidade Alerta - 8,5 pontos

Conteúdos enlatados:
1) A Escrava Isaura - 9,3 pontos
2) Apocalipse - Edição Especial - 7,2 pontos
3) Cine Maior - 8,7 pontos (com o filme Velozes e Furiosos VII em 1º de março)
4) Jesus - 7,6 pontos
5) O Rico e o Lázaro - 8,3 pontos


Rede TV!

Conteúdos inéditos*:
1) Encrenca - 4,5 pontos (recorde do ano)
2) João Kléber Show - 2,4 pontos (audiência individual de mais de 816 mil telespectadores)
3) Operação de Risco - 2,4 pontos (audiência individual de mais de 761 mil telespectadores)
4) Mega Senha - 1,4 pontos
5) Alerta Nacional - 2,4 pontos (audiência individual de mais de 822 mil telespectadores)

* A emissora optou em manter a produção de conteúdos inéditos de toda sua programação em pleno pico da pandemia, dispensando assim as reprises. Mantive os cinco mais assistidos.


SBT

Conteúdos inéditos:
1) Roda a Roda Jequiti - 9,8 pontos
2) Sorteio da Tele Sena - 10,0 pontos (audiência individual de mais 3.572.300 telespectadores)
3) Cupom Premiado do Baú - 10,0 pontos (audiência individual de mais de 3.510.400 telespectadores)
4) Eliana - 9,3 pontos
5) As Aventuras de Poliana - 9,1 pontos

Conteúdos enlatados:
1) Programa Silvio Santos - 11,1 pontos
2) A Praça é Nossa - 8,9 pontos
3) Chiquititas - 8,6 pontos
4) Cúmplices de um Resgate - 8,3 pontos
5) Quando Me Apaixono - 7,0 pontos

Um adendo: de 1º de janeiro a 15 de março de 2020, foram dias absolutamente "normais" para a televisão brasileira. Mas de 16 de março adiante, com o anúncio de que o Brasil declarava "estado de calamidade pública" (ou lockdown para os íntimos) ao ser atingido pelo surto da Covid-19, o veículo sofreu um grave revés até porque, repito, estava completamente despreparado para um momento com este. A solução foi demitir pessoal, apelar para reprises, compactos, encerrar temporariamente os núcleos de dramaturgia e de esporte, requentar o jornalismo e reforçar os enlatados (sejam eles filmes, séries, desenhos animados, documentários e novelas estrangeiras) previamente dublados devido ao custo viável. Uma crise como esta que não acontecia em 30 anos, quando o povo foi obrigado a apertar o bolso perante o pacote de medidas estabelecidas pelo Plano Collor. E o que é pior, pode delongar se grande parcela da população (e de certas emissoras que não se tocam) persistir na omissão e na ignorância. E tome lockdown.


Quanto aos rankings, vocês já devem ter reparado na ausência de dois realities-show que renderam muito pano pra manga nas redes sociais em 2020 (ainda mais com essa pandemia), Big Brother Brasil e A Fazenda, e isso tem fundamento. O BBB da Globo foi apenas o 12º programa mais assistido da emissora (ficando de fora do top 10 total), enquanto que o da "emissora de placa de igreja" foi o nono. Considerando a metodologia que adotei em distinguir os conteúdos inéditos dos enlatados, essa cópia malfeita de realities de confinamento (e altamente previsível) foi o sexto programa de conteúdo inédito mais assistido da Record. Sua previsibilidade foi tal que não era de se esperar que seria responsável pelo recorde de audiência do ano à emissora e isso aconteceu: 13,2 pontos na semana final. O único reality que aparece nos rankings acima é o ultra desgastado Masterchef Brasil da Band, que beliscou a quinta posição dos conteúdos inéditos mais vistos por uma emissora que camufla nos bastidores um conflito familiar pela sua posse.

Voltando aos enlatados, esse foi o quebra-galho de muita grande rede por aí. A Band, por exemplo, reforçou as noites de sábado com um monte de seriados importantes e vem obtendo boa audiência, enquanto que as outras redes deixam as séries para os Netflix da vida e apelam para os longas-metragens. Já o SBT (além de outras emissoras pelo mundo) levou um duro golpe da Televisa ao ser aconselhado a suspender por tempo indeterminado a exibição de Chaves, até que se resolva a pendenga judicial entre a rede mexicana e o Grupo Chespirito. O filme mais assistido da TV brasileira este ano foi Pantera Negra, cartaz de Tela Quente da Rede Globo, exibido em 31 de agosto, marcando 24,3 pontos de audiência. Na Record, o filme de maior audiência foi Velozes e Furiosos VII, cartaz do Cine Maior em 1º de março (um tapa-buraco dos mais pertinentes, pois atrai um público mais segmentado e exigente, cansado da mesmice dos programas de auditório de domingo), atingindo 8,7 pontos. Enquanto que no SBT, o filme Stuart Little II, exibido em 24 de janeiro na sessão Tela de Sucessos, foi o seu longa mais assistido com 8,1 pontos. A Band, por sua vez, obteve generosos 4,2 pontos de audiência ao exibir em 29 de março o filme O Vingador do Futuro, cartaz de Domingo no Cinema.

Outro setor que sofreu com a pandemia foi o futebol, que ficou quatro meses paralisado, e provocou uma reviravolta no que diz respeito a aquisição de direitos de transmissão. O SBT saiu do óbvio e presenciou sua maior audiência em 2020 na surpreendente exibição em rede nacional do Fla-Flu que decidiu o Campeonato Carioca em 15 de julho, marcando 15,3 pontos, atraindo inclusive o público paulista. Para o nojo de Silvio Santos, internado em sua mansão e relegado ao Mal de Alzheimer, que viu seu programa ser desbancado da liderança do ranking SBTista, o fã-clubismo foi deixado de lado e, estimulada, a direção agiu como adulto e adquiriu, conforme eu aconselhei neste blog 10 dias antes, a transmissão da Copa Libertadores da América e sem nenhum regionalismo, dando a dimensão nacional do começo ao fim que o evento merece. Porém, o jogo de futebol mais assistido do ano foi na Globo e valendo justamente pela Libertadores (pouco antes dela devolver os direitos à Conmebol), entre Flamengo e Barcelona de Guayaquil em 11 de março, registrando 27,0 pontos. Mas ainda muita coisa precisa ser feita como melhorar sua equipe e adquirir mais eventos assim que a pandemia passar, até porque presenciamos algo constrangedor: a pressão da mídia (e que age como torcida organizada ao abordar o SBT) em alcançar pontuações maiores com o futebol, isso quando a Record bancou a espertalhona e lançou às pressas a nova temporada de A Fazenda para neutralizar público e anunciantes. Nem mesmo a transferência das transmissões para as terças na fase de mata-mata elevou o SBT ao segundo lugar, apesar da audiência satisfatória que vem conquistando no retorno ao setor, sendo a 11ª atração mais assistida da emissora. Para essa mídia, o que interessa é a CAMISA e o IBOPE e não o artista e o conteúdo em sua essência.


Para este e os próximos anos da terceira década do Século XXI (sob o risco real de ser desperdiçada), proponho algumas ideias para tentar melhorar o comportamento e a visão das nossas pobres emissoras de TV, por mais que estas jamais serão lidas, compreendidas e colocadas em prática:

* Todas as companhias distribuidoras deveriam se reunir juntamente com representantes das redes de TV do Brasil, interessadas no assunto, para negociar a compra de lotes de filmes de longas-metragens inéditos e liberados para a TV aberta, desde que sejam divididos em partes iguais para cada uma dessas emissoras de acordo com interesse no enredo das fitas e condições financeiras. E que esses filmes sejam exibidos em primeira mão na TV ao longo da temporada corrente, sem deixar expirar o prazo.

* Ao determinar uma quantidade diária de horários dedicados a produção audiovisual nacional, que vai de filmes antigos, produções locais (feitas pelas próprias emissoras) e essas séries disponíveis em plataformas streamings e canais pagos, as TVs abertas deveriam dedicar um espaço a exibição semanal de longas nacionais e também dessas séries terceirizadas, porém exibidas em horários preestabelecidos pela classificação indicativa devido a liberdade de abordagem de temas fortes e assuntos polêmicos.

* As federações de futebol deveriam ter autonomia total em comercializar os direitos de transmissão dos campeonatos de futebol no Brasil, deixando assim de serem "escravas" das grandes redes, oferecendo assim pacotes de jogos tanto para emissoras abertas, quanto para as pagas, de acordo com os horários que encaixem em suas respectivas programações. Além disso, essas federações deveriam contratar serviços de TV para serem responsáveis pela geração de imagens dos jogos e, principalmente, oferecer garantias de infraestrutura para as emissoras de rádio e TV poderem transmitir esses jogos in loco.

* Uma lei em trâmite que pode proibir programas policiais depois das 6 da manhã e antes das 22 horas, poderia mudar os hábitos do telespectador, mas duvido que entre em vigor porque a ala evangélica da Câmara dos Deputados (leia-se IURD) não quer que o Cidade Alerta saia do ar ou mude de horário para sacrificar as atrações semanais da Record. Mas mudar de horário até que seria uma boa (para tentar domar a vaidade desses sociopatas que jamais se desapegam de tal para interesses ibopísticos): imaginem a Band esperando o fim da novela Global para pôr no ar o Brasil Urgente no horário nobre, o Alerta Nacional da Rede TV! também (se não fosse a pandemia, o Sikeirinha seria o "fenômeno de comunicação" de 2020) e o SBT teria a madrugada inteira à sua disposição para exibir o Primeiro Impacto.

* A forma e a metodologia de medição de audiência na TV deve ser totalmente modificada, como frisei parágrafos atrás, desde que a chamada "dança dos números" minuto a minuto não seja mais disponível a pessoas do ramo. Deveria ser criada um lei federal proibindo a utilização de terminais do IBOPE, tanto para uso profissional, quanto para uso doméstico, e sua divulgação pela mídia segmentada, nem mesmo via internet. Os números e notas oficiais das disputas horárias entre emissoras e seus programas só seriam divulgados 24 ou 48 horas depois exclusivamente pelo instituto.

Conclusão: somente a criação de leis para melhorar a TV brasileira para que os executivos da classe possam criar juízo.


Para terminar, o top 20 dos sucessos musicais brasileiros de 2020, todo dominado pelo sertanejo universitário (um pouquinho mais tolerável que esses pancadões libidinosos da vida que pilham a vizinhança todo final de semana), que fazem apologia ao alcoolismo desenfreado para curar "dor de corno". A lista é derivada da parada semanal da Crowley Broadcast Analysis, uma empresa que monitora digitalmente mais de 90% das emissoras de rádio do Brasil, equivalente a cerca de duzentas estações, de todas as regiões do país e contabiliza as execuções das músicas, a partir de um mapeamento durante o período comercial (de segunda a sexta, das 7 da manhã às 19 horas). O número final gera o Brasil Hot 100 toda semana, com as músicas mais ouvidas no país, dos quais contabilizo apenas os 10 primeiros colocados. Confiram abaixo como ficou o "playlist da pandemia", especialmente para o Higor Vieira, de Franca, e Gian Carlos, de Cascavel:

1) A Gente Fez Amor - Gusttavo Lima
2) Com ou Sem Mim - Gustavo Mioto
3) Graveto - Marília Mendonça
4) Barzinho Aleatório - Zé Neto & Cristiano
5) A Vida é um Rio - Raffa Torres
6) Asas - Luan Santana
7) Pulei na Piscina - Guilherme & Benuto
8) Liberdade Provisória - Henrique & Juliano
9) Pisadinha - Diego & Victor Hugo feat. Raí do Saia Rodada
10) Alô Ex-Amor - João Bosco & Gabriel
11) Declaração pro Bar - Guilherme & Benuto
12) Litrão - Matheus e Kauan
13) Segunda Taça - João Bosco & Vinícius feat. Matheus
14) Alô Ambev (Segue Sua Vida) - Zé Neto & Cristiano
15) Ai Eu Bebo - Maiara & Maraísa
16) Saudade em Gotas - Yasmin Santos feat. Wesley Safadão
17) Bebi Minha Bicicleta - Zé Neto & Cristiano
18) Rita - Tierry
19) Água com Açúcar - Luan Santana
20) Encontro de Erros - Pixote

Não posso encerrar o post sem destacar pontos positivos e negativos para a classe #TBT de YouTubers, da qual eu me incluo. O ponto negativo foi a suspensão do canal Pedro Janov por violação de direitos autorais denunciados pelo Grupo Globo, que ameaçou patrulhar o YouTube alegando "pirataria", mas o nosso amigo Danilo Rodrigues não se abalou e criou um novo canal, Pedro Janov e Seu Arquivo de Vídeos. Dois pontos positivos merecem destaque: o surgimento do Canal do Bocão, do ex-câmera do SBT Javier Malavasi, roqueiro e cervejeiro, gente fina pra caramba, onde explora seu acervo caseiro e mostra uma infindável quantidade de reportagens que ele fez com grandes jornalistas, e o canal Horário Nobre, de Rodrigo Callegari, que aproveitou a pandemia para registrar para a posteridade uma série de vídeos contando a história de seu pai, que é ninguém menos que o gênio da televisão Luciano Callegari.

Apesar do pessimismo, caminhemos rumo a felicidade!
#PorUmaTVMelhor