HISTÓRIA: Semana Maldita na Globo

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sábado, 13 de fevereiro de 2016

POR UMA TV MELHOR: Porque os Programas da Globo Terminam Tarde?


Pela primeira vez no meu blog, abordarei um assunto ligado a esta que é a maior rede de televisão do Brasil e a segunda maior rede do mundo: A Rede Globo de Televisão. Para os falsos moralistas de plantão, bajuladores de bispos e Ratazanas e que querem usar sua boçalidade eletrônica para desmoralizar a emissora-líder por motivos mesquinhos e idiotas nesta página, este post não é recomendado a vocês, portanto fujam e mudem de lugar se querem falar mal da Globo sem critério algum. Pois já disse o saudoso narrador esportivo Luciano do Valle que trabalhou 11 anos na emissora-líder: "Quem fala mal da Globo, não conhece televisão".
Alguém já notou que a programação principal da Rede Globo, que vai de Malhação até a novela das 21 horas, estão indo pro ar, bem como estão se encerrando, muito tarde? Mais da metade da população brasileira, acomodada diga-se por sinal, acostumada em ver televisão depois de um longo dia de muito trabalho, deve estar reparando o fato do filé-mignon Global, a sua principal novela, terminar por volta das 22h30. Essa faixa de público é aquele tipo de gente que por causa da televisão está sendo obrigada a ir pra cama muito tarde, mesmo sabendo que tem que pular da cama às seis da manhã pra poder chegar ao trabalho às sete, independentemente do lugar em que esteja morando. Estou me referindo aos mais humildes, que não possuem grandes meios financeiros para se divertirem fora de casa e fazem da televisão seu único meio de se entreterem.
Pois bem, existem casos que a novela das 21 horas (outrora "das oito") chega ao cúmulo de terminar por volta das 23 horas, pode ser uma semana de estréia, semana de capítulos finais ou em dia de exibição do horário político. Apesar da liderança conquistada após enfrentar uma série de dificuldades invisíveis (obrigado Boni), existe uma legião de desavisados gerenciando e tocando a Globo atualmente. Esses desavisados adeptos ao liberalismo um tanto proibido na faixa das 21 horas (já que ainda tem criança vendo TV essa hora e ainda por cima vendo novelas adultas), desavisados em quebrarem tradições televisivas principalmente de ordem estética (como os boletins do G1 onde um certo Cauê Fabiano usa despreocupadamente um penteado da moda, um óclinhos de nerd e uma camisetinha qualquer exibindo vistosas tatuagens nos braços), desavisados em enxergarem somente nos finais de semana as concorrentes como eternas ameaças (convencendo os cantores e duplas sertanejas a só se apresentarem nos "seus" programas em troca de gordos cachês em represália aos programas de péssimo gosto das outras TVs, acreditando que perderão o primeiro lugar se um deles participar dos programas "dos outros"), desavisados em inflacionarem os direitos de transmissão de eventos esportivos (espantando a concorrência de uma generosa fatia de audiência e faturamento), desavisados em romper relações amistosas com as concorrentes "co-irmãs" e desavisados até em colocar programas de duração prolongada em horários tardios como "estratégia" para enganar as outras emissoras.
É por essas e outras que sugiro um pequeno ajuste na programação diária Global, para que os programas comecem um pouquinho mais cedo e assim respeitaria o público que precisa dormir cedo para trabalhar ao final de mais um capítulo da sua novela principal, pós-Jornal Nacional. Alguém reparou que a Sessão da Tarde tem apenas uma hora e meia de duração? Muitas vezes exibindo um filme cheio de cortes só por causa do Vale a Pena Ver de Novo? Pois bem, com o surgimento e a popularização do Canal Viva, não vejo necessidade da Globo em continuar reprisando novelas de conteúdo forte em horário vespertino. Para isso a grade Global diária ficaria assim:

14h05 - Vídeo Show
15h05 - Boletim de Notícias (Sugestão: Radar - Notícias Local)
15h10 - Sessão da Tarde
17h10 - Boletim de Notícias (Sugestão: A Volta do Globo Notícia)
17h15 - Malhação - Seu Lugar no Mundo
17h55 - Novela das Seis
18h40 ou 18h45 - Praça TV (SPTV, RJTV, MGTV, Jornal Regional, RBS Notícias, etc.)
19h00 ou 19h05 - Novela das Sete
19h50 ou 19h55 - Jornal Nacional
20h30 ou 20h40 - Novela das Oito
21h40 ou 21h50 - Faixa Nobre (sendo 21h30 para às quartas-feiras de futebol, até porque os jogos televisionados no meio da semana vem começando tarde, na casa das 22 horas, e tem muito cartola por aí reclamando de tal exigência Global)
E por volta das 23h30, a Globo poderia aproveitar o espaço na programação para voltar a produzir regularmente suas minisséries, aquelas de cerca de 30 capítulos, não só no início do ano onde produz umas microsséries de poucos capítulos para esperar o início do BBB e da temporada de futebol.

Os sábados precisam ser fortalecidos e programas aparentemente "fracos" como Sessão Comédia e Estrelas devem ser sacrificados e assim a grade ficaria dessa forma:

14h05 - Esquenta
15h40 - Boletim de Notícias (Sugestão: Radar - Notícias Local)
15h45 - Caldeirão do Huck
17h45 - Boletim de Notícias (Sugestão: A Volta do Globo Notícia)
17h50 - Novela das Seis
18h40 - Praça TV (SPTV, RJTV, MGTV, Jornal Regional, RBS Notícias, etc.)
19h00 - Novela das Sete
19h55 - Jornal Nacional
20h40 - Novela das Oito...e assim por diante

Quanto aos domingos, preciso esperar o melhor momento para escancarar melhor minhas ideias. Sugeriria o fim da sessão Temperatura Máxima e colocaria um novo programa de auditório de 3 horas duração exibido após o Esporte Espetacular (12h45) e antes das transmissões de futebol (15h45). Depois, manteria o Domingão do Faustão (18h00) e o Fantástico (21h00) em seus respectivos horários. E na faixa das 23 horas, tornaria o "Amor & Sexo" da Fernanda Lima em atração semanal ao invés de "13 programas por temporada", isso para concorrer com os últimos 60 minutos do Programa Silvio Santos do SBT. Seria safadeza contra sacanagem ou vice-versa. Estratégia, meu filho!
Mais de 50 anos no ar e a Globo tem muita história pra contar. Começou a conquistar o público chamando a atenção de um detalhe muito pouco percebido pelas fortes concorrentes dos anos 60: organização. Organização que fez escola com outras emissoras que vieram a seguir. Organização em colocar os programas no horário conforme anunciado e com boa duração de blocos. Organização nos intervalos comerciais bem distribuídos, assim como os interprogramas, permitindo suas afiliadas a inserirem seus anúncios, suas chamadas e vinhetas próprias. Organização em vender cotas de patrocínio para cada programa que for ao ar. Muita gente ainda insiste em dizer que a Globo copiou a TV Excelsior no jeito de fazer programação. A bem da verdade é que a Globo herdou da saudosa Excelsior a grade vertical (programas em horários fixos, criando o hábito da população de ver televisão diariamente), a grade sanduíche (um jornal entre duas novelas) e a grade horizontal (atrações diversas para cada dia da semana). A Excelsior em seus últimos anos no ar, se deixou ser tomada por uma desorganização que transpareceu por causa de incêndios, atingindo em cheio sua grade, mas o legado que deixou foi a formatação de uma sólida programação às emissoras. E a Globo não pode desperdiçar essa herança de organização sólida de horários dos programas e mais do que isso, respeito ao público que precisa dormir 8 horas de por dia, dormir cedo (por volta das 22 horas) para acordar cedo (por volta das 6 da manhã), enfrentar 8 horas ou mais de trabalho para que no final do ano desfrute de cerca de 8 horas de aconchego do lar com a família, ainda mais na frente da televisão ligado na Globo.
Para encerrar, digo que a televisão brasileira possui três fases: a primeira fase com a TV Tupi (o início de tudo, uma verdadeira escola que formou artistas e profissionais da área); a segunda fase com a TV Excelsior (a valorização do artista, do profissional e da organização de planejamento de programação com dias e horários fixos); e a terceira fase, finalmente, com a Rede Globo (o auge de tudo, o ápice, os píncaros da glória, enfim, o topo da montanha, além da introdução da linguagem televisiva). Em abril de 1988, a Revista Imprensa previa que a Rede Globo seria batida, ou seja, seria desbancada da liderança nacional de cobertura, audiência e faturamento em televisão por volta de 2035. Se é pra manter tal posição e não perdê-la tão cedo devido a métodos desleais de uma concorrência invejosa, é bom a Globo ter bom-senso nessas horas: resgatar os valores tradicionais da TV brasileira, sem deixar de inovar logicamente, e voltar a fazer uma TV entre 17 e 22 horas preocupada em conquistar algo que está se tornando "espécie em extinção" na sociedade moderna: a família.
#PorUmaTVMelhor