HISTÓRIA: Cidade Contra Cidade - 56 Anos

Eu fiquei emocionado Naquele domingo à tarde Quando assisti ao programa Cidade Contra Cidade (...) Carlos Cezar, José Fortuna e Valentino Gu...

sábado, 3 de dezembro de 2016

OPINIÃO: Os Primeiros Melhores de 2016 são da APCA!

Parece uma corrida automobilística: marcando a pole e disparando na ponta o carro da APCA, cuja escuderia é Fabre Rolim, firme nas retas e preciso nas curvas. Coloca muitos segundos de vantagem sobre o segundo colocado, o Troféu Domingão do Faustão, o grande orgulho da escuderia Globo e que faz de tudo para agradar o povão e massagear o ego dessa galera. E um pouco mais atrás, na terceira posição, o bólido do Troféu Imprensa, cujo magnata que empresta o nome a escuderia Abravanel é um ser tão excêntrico que usa os concorrentes para fazer a autopromoção de sua própria marca, tem a mídia todinha a seu favor, deseja ter a classe artística comendo em sua mão e vive pensando naquilo: na rampa de Brasília para ter o país inteiro em suas costas. E atenção, aparece o carro da APCA prestes a cruzar a linha de chegada, vai terminar a prova, recebe a bandeirada e vence a corrida! Mais uma vez a Associação Paulista de Críticos de Arte sai na frente ao anunciar os melhores trabalhos artístico da temporada e em 2016 não foi diferente, a tradição foi mantida!
Na noite de 30 de novembro de 2016, 67 críticos de 10 segmentos artísticos (Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Literatura, Música Erudita, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infantil e Televisão) se reuniram no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e apontaram, sem a pressão exposta de donos de grandes conglomerados da área, os melhores trabalhos do ano. Poderiam ser 12 segmentos se incluirmos Dança e Moda, mas por falta de jurados, o presidente da associação José Henrique Fabre Rolim garantiu que até o fim do ano serão divulgadas as listas dos vencedores desses dois segmentos de arte, estamos no aguardo, e com isso o número de críticos tende a ultrapassar a casa dos 70. Enquanto os últimos vencedores não são descobertos, vamos destacar neste blog os principais vencedores, apesar desse que vos posta, por falta de grana não ter ido assistir a uma peça de teatro este ano.
Quem diria que eu destacaria vencedores de TODOS os segmentos de arte? E é o que eu vou fazer, destaque é que não falta numa premiação de credibilidade comprovada e que cumpre o seu papel de grande incentivadora de todos tipos de artes existentes neste país e repito mais uma vez: que bom seria se existisse uma APCA em cada estado brasileiro. A TV Cultura, sempre ela, mesmo sobrevivendo mais uma greve de funcionários no meio deste ano, cumpre seu papel de televisão levada a sério (mesmo não sendo uma rede) e arrematou mais dois prêmios para sua coleção, só que não foram de Televisão: ao programa Metrópolis foi concedido o prêmio de Melhor Iniciativa Cultural na categoria Artes Visuais (na qual estava o presidente Fabre Rolim julgando o segmento) e ao programa Prelúdio o prêmio de Melhor Projeto Musical na categoria Música Erudita (dentre os jurados estava o meu amigo de Pró-TV Fábio Siqueira e outros dois de Música Popular). A cantora e roqueira Rita Lee ganhou dois prêmio da associação de categorias diferentes, o Grande Prêmio da Crítica de Música Popular, obviamente, pela sua vitoriosa carreira, e de Melhor Biografia/Autobiografia/Memória na categoria Literatura com sua autobiografia Rita Lee: Uma Biografia. Pois é, a eterna "Ruivinha de Sampa" que aderiu as madeixas brancas recebeu a consagração definitiva da crítica. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi também destaque e mereceu dois prêmios: sua Cerimônia de Abertura produzida pelo trio Fernando Meirelles, Daniela Thomas e Andrucha Waddington recebeu o prêmio de Fronteiras da Arquitetura na categoria Arquitetura, as melhores coberturas do evento foram destacadas na categoria Rádio com o Prêmio Especial do Júri a Bradesco Esportes FM e na categoria Televisão ao canal pago SporTV (merecidíssimo por sinal) também pela melhor cobertura do evento, afinal, disponibilizar 16 canais gratuitos aos assinantes e especiais com os melhores momentos no NOW, não é pra qualquer um não. Outro destaque é o filme Aquarius de Kleber Mendonça Filho que arrematou dois prêmios na categoria Cinema, melhor filme e melhor roteiro.
Outros destaques merecem ser apontados: na categoria de Arquitetura, o prêmio de Urbanidade vai para o prefeito Fernando Haddad pelo projeto Ruas Abertas (aquele que proíbe a circulação de carros na Avenida Paulista aos domingos), sorte que ele irá receber o prêmio não mais como prefeito (sucederá a João Dória Jr.) e sim como opositor da nova gestão e namorando a possibilidade de concorrer ao Governo de São Paulo em 2018. Na categoria de Literatura, o cantor Zeca Baleiro receberá o prêmio de Melhor Livro Infanto-Juvenil por Quem Tem Medo de Curupira? e o renomado escritor Elio Gaspari conquistou o Grande Prêmio da Crítica pelo quinto livro da saga Ditadura intitulada A Ditadura Acabada. não podemos deixar de destacar que mais uma vez a editora Companhia das Letras foi a grande vencedora da categoria com cinco estatuetas. Na categoria Música Popular, na qual meu amigo Fábio Siqueira participou da votação com outros cinco críticos, concederá uma merecida Homenagem Póstuma a Fernando Faro, criador dos programas Ensaio e MPB Especial, ambos da TV Cultura, e grande incentivador da Música Popular Brasileira, e o prêmio de Melhor Artista do Ano vai para a cantora Céu (filha do compositor Edgar Poças, que citei no post que conta a história do programa Viva a Noite), que foi justamente revelada por Fernando Faro no programa Ensaio. Na categoria de Rádio, que dentre os críticos que participaram da votação estavam o veterano Silvio Di Nardo e Fausto Silva Neto (que não é neto do Faustão apesar do nome), o destaque é o prêmio de Melhor Colunista para o ótimo comentarista esportivo Cláudio Zaidan da Rádio Bandeirantes pela suas participações nos programas Esporte Notícia e Esporte Notícia Internacional. No segmento Teatro, o filé-mignon da premiação, participaram da votação o vice-presidente Miguel Arcanjo Prado e Kyra Piscitelli (aquela que caiu de pára-quedas no último evento de premiação da APCA apresentando a categoria de Arquitetura), somente que apenas dois críticos votaram no Prêmio Especial e Grande Prêmio da Crítica, que ficou com a atriz Maria Alice Vergueiro. Quem não se lembra da performance dela em Tapa na Pantera, o primeiro vídeo-viral do YouTube no Brasil há exatos 10 anos? Ela é um nome muito importante no teatro paulista e o prêmio justifica isso. Em Teatro Infantil (que merecia ser rebatizado de Teatro Infanto-Juvenil), destaco o prêmio de Melhor Espetáculo Interativo com Chiquita Bacana no Reino das Bananas, do grupo Folias D’Arte, quem não se lembra da famosa marchinha carnavalesca, o Grande Prêmio da Crítica, o espetáculo Peer Gynt de Gabriel Villela, que marcou a reinauguração do Teatro do SESI na Avenida Paulista e que voltou a ser encenado quase 45 anos depois. E sabe que está no elenco? Ela (ai, ai), a Melzinha! Será que ela vai aparecer de novo no evento? E falando em atrizes, na categoria Cinema, o prêmio de melhor atriz foi para a belíssima e charmosíssima Andréia Horta pela sua atuação no filme biográfico Elis.
E chegamos ao meu segmento preferido de arte: Televisão. Todos 10 críticos convocados pela associação (Bárbara Sacchitiello, Cristina Padiglione, Edianez Parente, Fábio Maksymczuk, Flávio Ricco, José Armando Vanucci, Neuber Fischer, Leão Lobo, Nilson Xavier e Paulo Gustavo Pereira) participaram tanto da escolha preliminar em 16 de novembro, que determinou os indicados das sete sub-categorias, quanto da votação final, escolhendo um nome dentre aqueles que estavam disponíveis para voto em cada modalidade, o que é muito bom. As Organizações Globo ganhou todos os sete prêmios (morram de inveja seus anti-Globais de plantão), cinco pela Rede Globo de Televisão e dois pelos canais pagos da operadora Globosat. Duas produções se destacaram na eleição: Velho Chico de Benedito Ruy Barbosa que ganhou os prêmios de Melhor Novela e Melhor Atriz através da atuação de Selma Egrei (uma surpresa, por sinal) como Dona Encarnação e Justiça de Manuela Dias que arrebatou os prêmios de Melhor Série/Minissérie e Melhor Diretor através de José Luiz Villamarim. O prêmio de Melhor Ator ficou com Marco Ricca pela sua atuação como o Mão de Luva na novela Liberdade, Liberdade, a Melhor Produção Infantil foi para a série D.P.A. - Detetive do Prédio Azul do canal pago Gloob e exibido em sinal aberto pela TV Cultura e o Grande Prêmio da Crítica ganhou um tom de Homenagem Póstuma para o ator Domingos Montagner, o Santo dos Anjos de Velho Chico, que faleceu durante as gravações da novela (vítima de afogamento, por mais que manipulem a causa da morte desse notável ator alegando que foi proposital, é coisa daquela bispaiada metida a besta) e merece com toda justiça tal homenagem da classe televisiva. Confiram abaixo os indicados e os vencedores em negrito de todas as sete sub-categorias de Televisão da APCA:

Grande Prêmio da Crítica
Domingos Montagner (In Memoriam), pelo conjunto da obra

Novela
Escrava Mãe (Record)
Êta Mundo Bom (Globo)
Liberdade, Liberdade (Globo)
Totalmente Demais (Globo)
Velho Chico (Globo)

Série/Minissérie
Justiça (Globo)
Ligações Perigosas (Globo)
Me Chama de Bruna (Fox)
Supermax (Globo)
A Garota da Moto (Mixer/SBT/Fox)

Ator
Chico Diaz (Velho Chico)
Enrique Diaz (Justiça)
Marco Ricca (Liberdade, Liberdade)
Rodrigo Santoro (Velho Chico)
Sergio Guizé (Êta Mundo Bom)

Atriz
Adriana Esteves (Justiça)
Debora Bloch (Justiça)
Lucy Alves (Velho Chico)
Selma Egrei (Velho Chico)
Fabíula Nascimento (Velho Chico)

Diretor
Breno Silveira (Um Contra Todos)
José Alvarenga Jr (Supermax)
José Luiz Villamarim (Justiça)
Luiz Fernando Carvalho (Velho Chico)
Vinicius Coimbra (Liberdade, Liberdade)

Cobertura Rio-2016
ESPN Brasil
Fox Sports
SporTV
Rede Globo
Rede Bandeirantes

Infantil
Cúmplices de um Resgate (SBT)
D.P.A – Detetives do Prédio Azul (Gloob)
Galinha Pintadinha (You Tube)
O Irmão do Jorel (Cartoon Network)
Show da Luna (Discovery Kids)

Algumas injustiças devem ser citadas: na categoria de Cinema, bem que poderiam ter feito uma Homenagem Póstuma ao cineasta Hector Babenco, que faleceu neste ano de 2016. Mas na categoria Televisão, o canal pago Globo News bem que merecia uma Menção Honrosa pela cobertura dos importantes acontecimentos que marcaram o ano como o impeachment de Dilma Rousseff, as eleições municipais, os atentados na Europa, as eleições nos Estados Unidos, a morte de Fidel Castro e, mais recentemente, o acidente aéreo da Chapecoense. Outra Menção Honrosa que não foi concedida: a Nova Escolinha do Professor Raimundo, feita em parceria com o canal pago Viva e Rede Globo e um Prêmio Honorário a um grande artista que vai se aposentar da telinha: Jô Soares, pela sua brilhante carreira não só como humorista e entrevistador, mas como um grande multi-artista que ele é.
Só espero que os 10 críticos que participaram da escolha dos melhores da televisão pela APCA este ano, deixem de integrar o fã-clube moral do Silvio Santos, cuja presidente é Sônia Abrão, número 1 em divulgações funerárias. A imprensa segmentada em TV é muito mais importante do que ficar dando razão a uma disputa virtual de fã-clubes com a finalidade de agradar um certo dono de televisão e, por tabela, seus adoradores (leia-se "produção", que selecionam a dedo aqueles "jurados" que são mais bem-vistos pelo "fã-clube disfarçado" do Sr. Abravanel) e atiçados, por toda a sorte de cachês e demais despesas pagas a ajudarem a autopromover  e supostamente auto-afirmar a emissora dele numa eleição de melhores do ano, como se o prefixo representasse a "consagração definitiva do artista brasileiro". É muita pretensão e inveja da Globo pro meu gosto, que mais uma vez por mostrar que ainda faz televisão de verdade (embora sua grandiosidade não consiga evitar o surgimento de uma legião de desavisados que tem em todo lugar), ganhou de forma merecida todos os prêmios de TV da APCA. No post em que comentarei os indicados ao Troféu Domingão do Faustão (ou Troféu Roberto Marinho), vou falar do porquê que nenhuma emissora sabe fazer concorrência correta à Globo e não levam a TV a sério.
Sou como um sindicalista, não deixo meu sonho morrer, paro com os ataques se minhas "reivindicações" (leia-se sugestões) forem atendidas, mas manterei minhas opiniões. Tenho muitas ideias que logo serão reveladas neste blog. Exerci meu pleno direito de liberdade de expressão no agressivo post "Cadê a Macheza-Alfa da TV?" e digo mais: para um senhor que se encaminha aos 86 anos, uma responsabilidade a menos representa um ganho, digo isso porque meu avô chegou a casa dos 90 anos em 2016 e precisa agora de menos preocupações para manter sua longevidade. O mesmo seja dito para Silvio Santos: em troca de sugestões para reformular o malfadado Troféu Internet, ceder os direitos do Troféu Imprensa a um elemento-neutro que possa devolver o sentido do nome da premiação, fazer a votação seguir os moldes da APCA em todo o Brasil e prevenir do seguinte mal: caso Domingos Montagner receba uma indicação póstuma na categoria de Melhor Ator no Troféu Imprensa, é capaz de SS fazer a seguinte piada grosseira "Não é aquele ator que morreu? Como podem colocar um morto pra concorrer o troféu? Por acaso defunto ganha troféu? Um defunto pula do caixão pra receber o troféu?" (seguido da forçada claque como se desse a entender que ele seja o único a ter o direito de ser "engraçado") e, pior, na categoria de Melhor Apresentadora de TV (erroneamente denominada "Animadora de Auditório") é bem capaz que ele chame no palco duas concorrentes e supostas "rivais" para presenciarem lado a lado e de corpo presente a votação, Eliana e Patrícia Abravanel, e em 15 intermináveis minutos de mais puro constrangimento em rede nacional, mandar TODOS os seus jurados a escolherem em voto aberto uma delas "desde que não haja empate" a receber o prêmio e ameaçar de demissão aquela que perder, desde que não seja a filhotinha dela, taxada como "sucessora" de Hebe Camargo e "nova dona" dos domingos SBTistas, até porque os jurados (que mordem a isca e entram nesse joguinho ibopístico) estariam cometendo o "pecado" de fazer o dono do SBT em demitir sua própria herdeira em caso de vitória da Eliana. Para prevenir deste mal, QUERO PRA ANTEONTEM OS DIREITOS DO TROFÉU IMPRENSA!!!
Espero que o mambembarmo da última edição da premiação seja superada e possamos ter em março de 2017 um evento dignamente organizado que a APCA merece, viu sr. Ivam Cabral (que dirigiu o evento duas vezes seguidas)? E se não houver imprevistos, estarei lá testemunhando a entrega das láureas e fazendo uma grande cobertura pra vocês através deste blog. E para conhecer a lista completa dos vencedores do Prêmio APCA 2016, vejam o link abaixo do blog de Miguel Arcanjo Prado, vice-presidente da associação: http://blogdoarcanjo.blogosfera.uol.com.br/2016/12/01/veja-lista-completa-dos-ganhadores-do-premio-apca-2016/
De resto, PARABÉNS AOS VENCEDORES!!!