Atenção assinantes de TV por assinatura de todo o Brasil, embora muitos alegam ser ainda "artigo de luxo", este post é de suma importância e que merece ser compartilhado, repercutido, comentado, analisado e refletido para todos aqueles que são amantes de televisão como eu. Como todos sabem, dia 29 de março, o sinal analógico de televisão será desligado na maior cidade do Brasil, São Paulo, e o fato não seria lá um grande problema para os assinantes das operadoras porque sabem que o sinal digital de emissoras abertas estarão garantidas. Só que aí surgiu um novo problema, um grave problema que veio como uma BOMBA nesses últimos dias: uma firma chamada Simba, uma joint-venture que passou a funcionar em definitivo somente em janeiro deste ano (embora reconhecida pelo CADE desde 2015) está liderando um boicote às operadoras NET, Sky, Embratel, Oi-TV e Claro-TV de suas três emissoras abertas associadas suas que juntas representam a maior audiência das operadoras pagas, o SBT, a Rede TV! e a R... (me recuso a citar o nome de semelhante prepotência televisiva).
O motivo é este, como são emissoras abertas, seus respectivos sinais são distribuídos gratuitamente aos assinantes e por esse motivo não recebem um tostão das operadoras conforme é previsto na lei da TV paga, em vigor desde 2012. O Simba, que atende pelos interesses das três emissoras, exigiu que as operadoras repassassem o valor que as redes têm direito de receber como acontecem com Globo e Band. Ambas as emissoras possuem diversos canais pagos e se habilitaram há muito tempo em cobrar a transmissão pelo seu sinal aberto em algumas operadoras, garantindo assim uma sólida saúde financeira. Até a TV Cultura recebe uma oportuna fonte de renda através de seu canal pago TV Rá-Tim-Bum (bem que poderia incluir seus outros dois canais no dial das operadoras, Multi-Cultura e Univesp-TV, para aumentar sua receita). Só que, se por um lado, os canais querem receber mais, por outro lado, os assinantes querem pagar menos (devido a iminência de que as mensalidades fiquem mais caras a partir do meio deste ano). Eu sou um assinante de TV por assinatura e apresento aqui a seguinte sugestão para tentar acabar com esse impasse televisivo cujo "culpado" é o fim do sinal analógico em São Paulo, até porque o assunto é atual e está "cheirando a tinta".
Me recordo que quando eu estava fazendo faculdade de Rádio e TV, todo dia 1º de cada mês, a mensalidade era paga com desconto e depois do dia 2, o valor voltava ao normal. Essas cinco maiores operadoras que citei acima (como também outras operadoras existentes) deveriam criar um programa de desconto aos assinantes, até porque com a consequente elevação do valor da fatura, cresce também o número de inadimplentes (sou testemunha disso), a ponto até de perder assinantes, como vêm perdendo ultimamente. Então, para ajudar a reduzir esse índice de inadimplência e também estimular os assinantes a pagarem em dia suas faturas, sugiro que criassem um programa de desconto fazendo uma pesquisa sócio-econômica a TODOS os seus assinantes. Assim, de acordo com o rendimento mensal do assinante e o valor médio das faturas nos últimos 12 meses, seria estabelecida um percentagem de desconto de acordo com a diferença entre esses dois valores. Por exemplo, vamos supor que meu rendimento mensal fosse de R$ 4.000,00 e que a média mensal de faturas da NET que eu estaria desembolsando em 1 ano seria em valores arredondados de R$ 400,00. Então, o meu desconto seria de 10% e eu pagaria R$ 360,00. Mas, voltando ao exemplo da mensalidade da faculdade, as operadoras deveriam oferecer um generoso desconto nas faturas de seus assinantes se pagarem até o dia 1º de cada mês, um desconto de no máximo 30% ou de um terço do valor original (33%). No meu exemplo, eu pagaria portanto entre R$ 268,00 ou R$ 280,00. Depois do dia 2, o desconto preestabelecido na pesquisa sócio-econômica voltaria ao normal até faltar 48 horas (isto é, dois dias) para o vencimento da fatura, em que tornaria a valer a quantia original da mensalidade. Lembrando que a data de vencimento das faturas fica sempre a critério do assinante e os dias mais comuns para tal são os dias 5, 10 e 20.
Acho que dessa forma, pensando no consumidor acima de tudo, diminuiria significativamente esse impasse das redes abertas com as operadoras e assim manteriam grande parte dos assinantes com esse programa de descontos pra ajudar a reduzir a inadimplência. Segundo o que noticiou o site TV História na última sexta-feira, se tal plano fosse seguido à risca, sem descontos, cada uma das três redes receberiam um montante de aproximadamente 280 milhões de reais para reforçar seus cofres. O valor não é de se jogar fora pois daria para investir nos próprios recursos de programação, diminuindo gradativamente o domínio das tele-igrejas em horários alugados e, acima de tudo, na melhoria de conteúdo das grades. Dá pra se investir em dramaturgia, em jornalismo, ou até em coberturas esportivas! Quanto a linha de shows, as três redes estão muito bem resolvidas, embora forcem a barra do setor semanalmente. Mas, com a minha sugestão, prevejo que as emissoras receberiam um pouco mais da metade do valor previsto, até porque 140, 150 milhões de reais não é um valor de se jogar fora, ainda é muito dinheiro para as três redes investirem em muita coisa para melhorar essa deprimente programação de consumo descartável. Lembrem-se que de um mês para o outro, o faturamento mensal oriundo das operadoras sempre irá oscilar para mais ou para menos.
Apesar da centelha de raiva que tenho por essa pessoa e da minha prontidão em abrandar o tom a seu respeito, me convenço de que uma única pessoa seria a peça-chave para cessar de vez esse conflito televisivo: Silvio Santos. Com uma adoração praticamente unânime nas redes sociais, incluída aí a imprensa podre, chego a conclusão de que, como ele sonha em "unir as emissoras" a seu modo, e sabendo que o SBT corre o risco de não ser mais visto pelo "seu público" assinante das cinco maiores operadoras do Brasil, ele deveria reunir pessoalmente a alta-direção dessa firma Simba e das cinco maiores operadoras pagas (sem contar seus "colegas de ofício empresarial" das outras duas redes, Marcelo de Carvalho e o Macedão) para que, com sua lábia envolvente e seu espírito de negociador correndo em suas veias, todos recuem um pouco e o problema seja resolvido. Até porque há também o grande risco do SBT, Rede TV! e R... (me recuso a citar o nome de semelhante prepotência televisiva) perderem sensivelmente seus índices de audiência e consequentemente elevar ainda mais a liderança ibopística da Globo e, em pequena proporção, os da futura cinquentona Band.
Terei que me unir aos "SBTistas das redes sociais", sejam do bem ou do mal, por essa causa. Eu penso no público infantil, cujos pais são assinantes de TV paga, que correm o risco de perderem o fio da meada da novela Carinha de Anjo, nos Chaves-maníacos assinantes que podem nunca mais se divertirem com os manjados episódios do Chaves, nos assinantes consumidores de Jequiti, Tele Sena e carnês do Baú que podem nunca mais acompanhar os sorteios de prêmios e, por incrível que pareça, nos marmanjos mimados, cagões trintões assinantes criados a leite com pera, que jogam Minecraft e fumam baseado todo domingo à noite para não perder esse exageradamente "altar sagrado" da TV brasileira chamado Programa Silvio Santos. Quanto a R... (me recuso a citar o nome de semelhante prepotência televisiva), sinto que será difícil SS convencer o Macedão e sua "Recorja de bispos", a recuarem de tal decisão porque essa rancorosa mentalidade anti-Globo, patrocinada pela Igreja Universal do Reino de Deus (cujo caminhão de dinheiro de dízimo faz o IBOPE a manipular os índices de audiência a seu favor, principalmente com as novelas bíblicas terceirizadas), é capaz dessa "emissora de placa de igreja" desaparecer para todo o sempre, Amém, do dial das operadoras pertencentes às Organizações Globo, como uma espécie de retaliação "religiosa" (mais ou menos o que supostamente sofreram da NET em 2007 quando inauguraram a Record-News). Ouvi um boato de que uma porção de canais pagos pertencentes a conglomerados como Turner, A&E, Discovery, Fox, Disney, etc, ameaçam a tirar do ar suas respectivas programações a partir da data do fim do sinal analógico de TV em São Paulo em solidariedade as três redes abertas para que a lei da TV paga seja cumprida por parte das operadoras. Mas vamos esperar para ver os próximos lances desse jogo ou quais serão os próximos capítulos dessa novela, pois a bomba-relógio foi acionada. Resumindo: É PAGANDO PRA VER!
Para terminar, confiram este link do site TV História em que foram consultados dois altos-executivos ligados às Organizações Globo (um da TV aberta e outro da Globosat) à respeito do assunto e a opinião de ambos irá surpreender a todos, comprovando que nos corredores Globais não se fala em outro assunto. Vejam: http://tvhistoria.com.br/NoticiasTexto.aspx?idNoticia=3373