OPINIÃO: O Estado Vegetativo da Primma Donna de 74 Anos

Atenção! Uma senhora que acaba de completar 74 anos nesta quarta-feira, está internada há um tempo bastante desconhecido e seu estado atual ...

domingo, 29 de abril de 2018

HISTÓRIA: As Copas na Telinha - 4ª Parte

Enfim, chegamos a última parte da nossa saga das Copas na Telinha. Hoje abordaremos os quatro últimos Mundiais até o presente momento em que este artigo foi escrito, de 2002 à 2014, marcado descaradamente pela "Era Global", graças a cumplicidade do mercado publicitário, que enxerga na emissora-líder sua mais perfeita "zona de conforto".

2002 - Coréia e Japão
Em dezembro de 1998, as Organizações Globo anunciam a compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2002 e 2006 (entre outras competições esportivas), cujo negócio inclui TV aberta, TV por assinatura (transmissão em pay-per-view), rádio, internet, jornais e revistas. O montante gasto para tal conquista foi de US$ 220 milhões, sendo US$ 150 milhões para a Copa de 2002 e US$ 70 milhões para a Copa de 2006, sendo esta a única empresa aberta que teve a total exclusividade dos direitos de transmissão audiovisual das duas Copas seguintes, isso 20 anos depois de obter a exclusividade do Mundial da Espanha. E ainda exigiu a exclusividade das imagens dos jogos por 10 anos, proibindo qualquer emissora fora do grupo em exibir um trecho sequer da campanha do penta nesse período.
Em 2002, para o primeiro Mundial da Ásia e disputado em sede conjunta, podia revender os direitos de transmissão para qualquer emissora concorrente, mas nenhuma delas concordou em dividir os custos que beirava entre US$ 50 e US$ 60 milhões, valor considerado alto demais para as outras redes, ainda mais num tempo em que o dólar beirava os 4 reais. Mesmo assim, assumindo o prejuízo de não ter também conseguido vende rum pacote de reprises, a Globo cedia um mini-tape compacto "mastigado" de apenas um minuto e meio com os gols de cada jogo da Copa com a exigência de serem exibidas duas horas depois do encerramento do último jogo do dia e em até 24 horas, sendo depois proibidas de as reexibirem dias depois. A regra também valeu para o Mundial da Alemanha, em 2006.
Levou 96 enviados especiais, entre integrantes das equipes de jornalismo e engenharia,e ficaram 45 dias na Ásia. Entre os avanços tecnológicos, utiliza o primeiro teleprompter à distância, operado na switcher e conectado à câmera do link externo. Ana Paula Padrão, Fátima Bernardes apresentavam os telejornais de vários pontos da Ásia, onde a Seleção estava, utilizando tal recurso. Foi a primeira vez que a Globo preferiu centralizar a cobertura da Copa sem a utilização de estúdios. Foram levados 12 equipes de reportagem, sendo seis que viajavam entre a Coréia e o Japão e outras seis que fizeram cobertura exclusiva da Seleção Brasileira. Entre os repórteres estavam Tino Marcos, Marcos Uchôa, Mauro Naves, Renato Ribeiro, João Pedro Paes Leme e Ernesto Paglia. A narração in loco dos jogos foi de Galvão Bueno, Cléber Machado e Maurício Torres e comentários de Paulo Roberto Falcão, Walter Casagrande Jr., Arnaldo Cézar Coelho e José Roberto Wright. A coordenação de toda a cobertura foi do Diretor de Esportes, Luiz Fernando Lima, contando também com  Fernando Guimarães, Marco Mora e Emanuel Mello Mattos, no setor de eventos, Luiz Nascimento, João Ramalho e João Barbosa no núcleo de jornalístico e José Ricardo e Fernando Bittencourt na área de engenharia. Seis cotas de R$ 35 milhões cada foram comercializadas para Ambev, Volkswagen, Itaú, Coca-Cola, Casas Bahia e DM Indústria (Benegrip/Merthiolate), sem contar o top de 5 segundos para a Nestlé.
Porém, enfrentou uma grande barreira por parte dos detentores dos direitos da Copa: as imagens da competição não poderiam ser mostradas por parabólicas convencionais, ainda mais com o sinal codificado. Fazendo com que mais de 221 mil pessoas de 58 cidades que não possuíam a cobertura da Globo ficassem sem assistir a campanha do pentacampeonato. Isso desde que uma lei fosse determinada para liberar o sinal de transmissão e assim aconteceu em 14 de maio com o decreto assinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
A audiência dos jogos do Brasil é responsável pela quebra de recordes no horário matutino, com picos de 75 pontos de audiência e equivalente a 95% de audiência dos televisores ligados, sem contar as médias de 13 pontos e picos de 19 pontos de audiência, na exibição de outras partidas durante a madrugada. Na decisão entre Brasil e Alemanha, realizou a primeira transmissão intercontinental de TV Digital em salas de cinema para 800 convidados.


Audiência média dos jogos do Brasil na Copa de 2002 (segundo o IBOPE de São Paulo):
3 de junho - Brasil 2x1 Turquia: 64 pontos
8 de junho - Brasil 4x0 China: 69 pontos
13 de junho - Brasil 5x2 Costa Rica: 56 pontos
17 de junho - Brasil 2x0 Bélgica: 68 pontos
21 de junho - Brasil 2x1 Inglaterra: 65 pontos
26 de junho - Brasil 1x0 Turquia: 71 pontos
30 de junho - Brasil 2x0 Alemanha: 67 pontos

Já o SporTV enviou uma equipe de 55 pessoas na Ásia e mostrou todos os jogos ao vivo. Luiz Carlos Jr. e João Guilherme fizeram as narrações in loco e Júnior, Rivelino e Leivinha, os comentários. A equipe de reportagem era formada por Laís Lima, Patrícia Maldonado, Marcos Garcia e Kiko Menezes.
Nos dias em que houve dois confrontos simultâneos (isso na última rodada da primeira fase), o canal local das operadoras foi utilizado, sem custo adicional para o assinante. Exibiu também um tape por dia, às 21 horas, do principal jogo da rodada anterior, além de blocos especiais no SporTV News, flashes durante a programação e atrações específicas como os filmes oficiais das Copas do Mundo, desde 1954. Além disso, lançou o programa Copa em Dois Tempos, sob o comando de Armando Nogueira debatendo as rodadas da competição, ao vivo de Seul, Brasil pelo Brasil que mostrou a repercussão da Copa em cidades brasileiras e Conexão Oriente, que focava o lado oriental do evento.
A emissora paga teve quatro canais Premiere Esportes adicionais para quem quisesse “controlar” as imagens entre a meia-noite e 10 da manhã, o assinante usava o recurso nos jogos ao vivo. Cada canal transmitia, simultaneamente, o mesmo jogo, com ângulos diferentes. O canal 1 tinha a câmera no alto do estádio, os canais 2 e 3 acompanhavam os times com imagens do banco de reservas,  da torcida, jogadores e árbitro e o canal 4 reprisava, em câmera lenta, os principais lances. E do meio-dia à meia-noite, o Premiere Esportes exibiu os tapes das partidas da rodada anterior continuamente, com esquema semelhante ao das sessões de cinema, de duas em cada duas horas.

2006 - Alemanha
A transmissão da Copa começou a ficar um pouco mais "democrática", isso para quem assinasse TV por assinatura (optando por SporTV, ESPN Brasil ou BandSports), porque na TV aberta, a Globo ainda era a "dona da bola", por mais que ela tentasse revender os direitos de transmissão para alguma concorrente, mas os custos salgados e amargos demais foram como a emissora-líder "espantasse" indiretamente as outras TVs de poderem cobrir o evento por mais que dessem um show de cobertura jornalística, contrapondo-se com o oba-oba já imposto e consolidado pelo "Plim-Plim". Para isso, as Organizações Globo assumiu de novo o prejuízo e enviou a maior equipe de TV estrangeira na competição: 185 profissionais (160 da Rede Globo e 25 de SporTV e Globo News) trabalhando pela primeira vez em conjunto, o que podemos chamar hoje de "cobertura corporativa". A equipe era composta por Glenda Koslowsky, Fátima Bernardes, Pedro Bial, Sandra Annenberg, Cristiane Pelajo (apresentadores), Galvão Bueno, Cléber Machado, Luís Roberto Múcio (narradores), Paulo Roberto Falcão, Walter Casagrande Jr., Sérgio Noronha, Arnaldo Cézar Coelho, José Roberto Wright, Renato Marsiglia (comentaristas), Tino Marcos, Mauro Naves, Abel Neto, João Pedro Paes Leme, Pedro Bassan, Renato Ribeiro, Regis Röesing, Tadeu Schmidt, André Trigueiro, Marcos Uchôa, Ernesto Paglia, Maurício Kubrusly, César Tralli e Ari Peixoto (repórteres). Durante a competição, realizou seus primeiros testes em aplicação de conteúdo interativo junto com as operadoras SKY e NET, implanta o Complexo de Controle HDTV com central técnica, controle mestre e sala de áudio para a transmissão em circuito fechado dos jogos em sinal de alta-definição e lança o Super Tira-Teima com o avançado analizador tático PIERO, utilizado nos intervalos dos jogos. Isso sem contar no exagerado número de câmeras exclusivas utilizadas nos jogos do Brasil: nove ao todo. Suas cotas comerciais multimídias foram vendidas a Nestlé (top de 5 segundos), Pepsi, Ford, Skol, Mastercard, Vivo e Itaú.
Mas quem se destacou foi a cobertura do BandSports, que enviou 60 profissionais às Alemanha e foi a primeira emissora brasileira a realizar transmissões comerciais em HDTV por sistema de cabos com a tecnologia WiMAX, sem interrupção de sinal, através de parceria com a empresa Telefonica e a multinacional Gradiente, mas as imagens de alta resolução só foram para São Paulo. A transmissão foi em HDTV (TV Digital em Alta Definição), através da TVA Digital, e os assinantes de São Paulo puderam assistir aos jogos nos televisores de plasma da Gradiente acoplados a um decoder digital (set top box) em altíssima resolução de imagem e de som. Foi a primeira vez que a Copa do Mundo foi transmitida originalmente com 100% de alta definição. O fato ocasionou o prêmio Top de Marketing da ADVB. A transmissão contou com o apresentador Elia Júnior, narração de Luciano do Valle, Silvio Luiz e Eduardo Vaz, comentários de Dunga, Müller, Mauro Silva e Mauro Beting e reportagens de William Lopes. Suas cotas comerciais multimídias foram vendidas a Yoki, Coca-Cola, EMBRATEL, Nestlé, General Motors, Banco do Brasil e Hipermercados Extra.
Quanto aos esquemas de SporTV e ESPN Brasil, pouca coisa se sabe, este parágrafo está sujeita a alterações. Pleo menos o patrocínio do SporTV durante a cobertura do evento foi de Ambev, HSBC, Mc Donald's, Philips, Telefônica e Vivo, enquanto que o da ESPN Brasil contou com Bradesco, Ford, Cerveja Bavária, Guaraná Antarctica, Casas Bahia e Vivo.


2010 - África do Sul
Os 64 jogos da Copa foram todos filmados com câmeras HD, exibidos com essa qualidade superior pelas emissoras que detêm os direitos de transmissão e registrados com até 33 câmeras de alta definição em cada estádio. Os replays eram gravados com câmeras especiais de alta velocidade, capazes de capturar imagens até 12 vezes mais rapidamente dos que as de tempo real. Câmeras suspensas nos estádios e instaladas em helicópteros produziram belíssimas tomadas aéreas. Boa parte da cobertura foi centralizada no IBC (International Broadcast Center), o centro internacional de rádio e televisão que a FIFA montou em Johanesburgo para abrigar centenas de emissoras do mundo inteiro. Pelos 55 mil m² de complexo, percorreram cerca de 15 mil jornalistas de diversos países, 449 deles eram do Brasil. Foi também a primeira Copa do Mundo transmitida oficialmente em alta-definição para o país (exceto para a Região Norte e os estados de Alagoas e Piauí).
A equipe que a Band enviou para a África do Sul foi encabeçada por José Emílio Ambrósio, diretor executivo de jornalismo e esportes, e colocou no ar a maior programação sobre a Copa na TV aberta, uma média de 11 horas de cobertura diária da competição que foi gerada da África do Sul por 30 dias, talvez compensando sua ausência de duas Copas seguidas. Toda a delegação da emissora de 120 elementos integrou os departamentos de jornalismo, esportes, produção e área técnica. Teve a disposição no IBC de Johanesburgo um espaço de 320 m² com redação, dois estúdios e central técnica com recepção e emissão de sinal por canal de satélite à São Paulo. As atrações da programação eram o informativo Direto da África", esquentando as rodadas do dia, o tarimbado debate diário Jogo Aberto, apresentado direto de Johanesburgo, Conexão África com toda a preparação e expectativa para os jogos seguintes, o debate tapa-furo Band Mania direto dos estúdios de São Paulo com Milton Neves e participações de Osmar de Oliveira e dos ex-jogadores Denilson, Vampeta e Emerson, a mesa-redonda Terceiro Tempo aos domingos e Diário da África, todas as madrugadas, com Marina Ferrari mostrando um resumo de 15 minutos com os acontecimentos do dia seguido do Show da Copa com os compactos dos jogos transmitidos ao vivo pela Band, diariamente.
Nos jogos da Seleção Brasileira disponibilizou-se de três câmeras exclusivas e após os jogos, entrevistas exclusivas direto dos vestiários e bastidores ao vivo. O sinal das transmissões dos jogos do Mundial foi de alta-definição para 20 cidades brasileiras (12 delas teve seu sinal digital implantado logo na abertura da Copa). A equipe contava com os apresentadores Renata Fan e Ricardo Boechat, narração de Luciano do Valle, Téo José, Nivaldo Prieto e Ulisses Costa, comentários de Neto, Edmundo e Alexandre Praetzel e reportagens de Fernando Fernandes, Luiz Ceará, Antônio Pétrin, Fábio Lucas Neves, Nivaldo de Cillo, Sandro Gama, Henri Karam e Sérgio Gabriel. Enquanto isso, os repórteres do CQC - Custe o que Custar Felipe Andreoli e Rafael Cortez vão cobrir os furos e situações cômicas no país-sede da Copa: um grupo vai cobrir a Seleção Brasileira e outro vai atrás do lado cultural durante a competição. A Band tornou-se também a emissora que mais arrecadou na questão das cotas de patrocínio, ao todo foram R$ 1,05 bilhão para a inserção de Embratel, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Cerveja Itaipava, Volkswagen, Samsung, Casas Bahia, Nestlé, Gillette e P&G (Vick Vaporub).
Para a Globo, a importância da transmissão da Copa foi tal que 102 programas foram cancelados durante a competição, a ponto de mostrar vídeo-tapes compactos em meia-hora de partidas que não foram exibidas por coincidência de horário programados na madrugada. Os 172 enviados especiais que estiveram na África do Sul (22 deles cobrindo exclusivamente para as emissoras do Grupo RBS, afiliada da Globo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul), produziram uma média de nove horas diárias de programação voltada para Copa, serão comandados pelo diretor de Esportes Luís Fernando Lima e pelo diretor da Central Globo de Jornalismo Carlos Henrique Schroeder. Eles ocuparam um espaço de 450 m² no IBC de Johanesburgo com redação, ilhas de edição, cabines de locução e central técnica com recepção e emissão de sinal por canal de satélite ao Rio de Janeiro. Os jogos foram transmitidos em full-HD e áudio surround 5.1, tecnologias que estrearam para seis cidades brasileiras. As partidas também foram apresentadas ao vivo pela internet, com cobertura jornalística em tempo real, e disponibilizou o recurso de duas janelas em caso de jogos simultâneos. Um grupo de 50 profissionais (repórteres, cinegrafistas, editores e produtores) dedicou-se exclusivamente com a cobertura da Seleção Brasileira durante sua permanência no Mundial, contando com sete equipamentos digitais para a captação de sinal e seis ilhas de edição. Outras sete equipes de reportagem que percorreram a África do Sul utilizaram sete equipamentos digitais (smart-phones registrando aquilo que uma câmera normal não pode registrar) e laptops com software de edição permitindo o envio de matérias prontas por rede 3G direto de qualquer lugar. Enquanto isso no Brasil, a Globo firmou acordo com a Rede Cinemark garantindo a transmissão (em fase de testes) de 12 jogos da Copa em 3D em 25 salas de cinema de sete capitais brasileiras e em parceria com a Sony e a FIFA, montou na arena da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro uma FanFest, o chamado "encontro de torcedores", com telão digital 3D que abrigando até 20 mil pessoas em dia de jogo do Brasil e apresentações musicais após as partidas. Uma central de edição e produção no Rio de Janeiro, contando com um moderno servidor de vídeo, foi responsável pela gravação e catalogação em tempo real de imagens de jogos transmitidos pela Globo, dinamizando a recuperação, edição e exibição de material sobre a Copa e contou com ilhas de edição, computadores, centrais de áudio e vídeo, sala de coordenação e central técnica, além de analisar com agilidade os lances e o condicionamento físico dos jogadores brasileiros através do Super Tira-Teima. Para finalizar, a Globo arrecadou 607 milhões de reais para a inserção de cotas exclusivas de patrocínio para o Mundial: Visa, Coca-Cola, Ambev, Fiat, Itaú, Alpargatas e Oi. As figuras de sempre estiveram na linha de frente Global: os apresentadores Fátima Bernardes, Glenda Kozlowsky, Alex Escobar, William Waack e Tadeu Schmidt, os narradores Galvão Bueno, Cléber Machado e Luiz Roberto de Múcio, os comentaristas Júnior, Walter Casagrande Jr., Arnaldo Cézar Coelho e Renato Masiglia e os repórteres Tino Marcos, Mauro Naves, Abel Neto, Marcos Uchôa, Eric Faria, Régis Rösing, Bruno Lawrence, Carlos Gil, Renato Peters, Pedro Bassan, Renato Ribeiro, Ernesto Paglia, Heraldo Pereira e César Tralli. Ao longo das transmissões, foi acionada a Central da Copa com três edições diárias, direto de um estúdio do PROJAC de alta-tecnologia montado especialmente para a ocasião, com quatro câmeras HD, um balcão e uma tela interativa multi-touch (sensível ao toque) de 5 m² , mostrando mapas, videos, resultados, tabelas e estatísticas. Luís Ernesto Lacombe e Tiago Leifert se revezaram no comando da atração que contou com os comentários de Paulo Roberto Falcão, Caio Ribeiro, José Roberto Wright e o narrador Rogério Corrêa. Direto da África, parte de seus importantes telejornais serão apresentados direto da África do Sul e após os jogos do Brasil, um rápido debate comandado por Galvão Bueno, com 45 minutos de duração, comentando o desempenho da Seleção Brasileira e com direito a entrevistas coletivas ao vivo Em dias de jogo do Brasil, era apresentado o Central da Copa Especial com uma hora de duração, onde Tiago Leifert e Caio Ribeiro analisavam o desempenho dos brasileiros com a participação de convidados especiais e uma platéia de 20 pessoas, além de matérias especiais e muito humor e irreverência (beirando ao ridículo, isso sim).
No canal SporTV, todas as 24 horas de programação serão todas dedicadas ao Mundial da África do Sul. As 64 partidas serão transmitidos nos sistemas analógico e digital (com Som Dolby 5.1 e imagem formato 16:9), este último através do canal SporTV HD (havendo jogos no mesmo horário, entrará no ar o SporTV HD 2). Na exibição dos jogos, terá à disposição um sistema exclusivo de banco de dados de posicionamento de jogadores e analisador digital integrado à FIFA, o Magma-Pro. Foram 50 seus enviados especiais na África encabeçados pelos apresentadores Vanessa Riche e Marcelo Barreto, os narradores Luís Carlos Jr. e Milton Leite, os comentaristas Paulo Cézar Vasconcellos, André Rizek, Lédio Carmona e Mauricio Noriega e os repórteres Marco Aurélio Souza, Edgar Alencar e Fernando Saraiva. No Brasil, algumas partidas terão a narração de Jota Júnior e Lucas Pereira e comentários de Carlos Eduardo Lino e André Loffredo. Conseguiu juntar 125 milhões de reais pelo patrocínio de Castrol, HSBC, Kia Motors, Mc Donald's, Visa, Ambev.
Diariamente apresentou durante a Copa o Bom Dia África com Fernanda Gentil e Gabriel Moojen, nos estúdios do Brasil, apresentando os bastidores da Copa com uma hora de duração, o tradicional SporTV Tá na Área, apresentava a expectativa dos torcedores na África e pelo mundo, o SporTV News teve três edições diárias, o Troca de Passes teve duas exibições diárias e o Tá na África tinha três inserções antes de cada partida, servindo como pré-jogo, o Seleção SporTV, contava com os melhores momentos de cada partida e reportagens especiais, com duas horas de duração e o Resumão da Copa apresentado diariamente com meia-hora de duração. No SporTV 2, os programas eram reprisados em horários alternativos, além das reprises dos jogos ao longo do dia e a exibição dos documentários oficiais da história das Copas do Mundo.
A ESPN Brasil, mandou a maior equipe da TV paga brasileira para a África, 93 pessoas, sob o comando de José Trajano, e pela primeira vez, transmitiu todas as 64 partidas da Copa ao vivo, sendo os oito que aconteceram em horário simultâneo entraram no ar pela ESPN Internacional. Os jogos tiveram transmissão analógica e digital, através da ESPN HD e ESPN 3D, que foi lançada na abertura da competição. À exemplo do SporTV, as 24 horas de programação foram também todas voltadas para o Mundial da África do Sul. Sua equipe era composta por Eduardo Elias (apresentador), Paulo Soares, João Palomino, Paulo Andrade, Rogério Vaughan, Eduardo Monsanto (narradores), Paulo Vinícius Coelho, José Trajano, Antero Greco, Paulo Calçade, Arnaldo Ribeiro, Mauro Cézar Pereira, Fernando Calazans, Márcio Guedes, Juca Kfouri (comentaristas), André Kfouri, André Plihal, Helvídio Mattos, Mendel Bydlowiski, Patrícia Lopes, Fernando Gavini e Rubens Pozzi (repórteres). Meia-hora antes das partidas, entra no ar o pré-jogo Abre o Jogo, com os preparativos e a movimentação das equipes que entrarão em campo. Sempre após as transmissões, Bate-Bola, com os comentários do dia e entrevistas com técnicos e jogadores ao vivo, além do conhecido debate Linha de Passe - Mesa Redonda, também diariamente e com uma hora e meia de duração, comandada por Juca Kfouri, José Trajano, Márcio Guedes, Fernando Calazans e Paulo Vinícius Coelho, contando com a participação do assinante via internet que vai de lances duvidosos até a escolha do gol mais bonito do dia. A novidade da transmissão era o Fora de Jogo, com edições diárias, apresentando um fórum de discussão sobre as polêmicas do Mundial, contando com a participação do ex-jogador Paulo César Caju. Isso sem contar o noticiário diário Sportcenter, apresentando reportagens especiais sobre os bastidores da Copa e comentários sobre os acontecimentos do dia, direto da África do Sul. A cobertura contou com patrocínio de Dicico, Ambev (Brahma Chopp), Kia Motors, Caixa Econômica Federal, Allianz, Petrobrás, Oi, Samsung, Coca-Cola e Mc Donald's.
No BandSports, as transmissões se iniciavam diariamente com o programa Primeiro Tempo na Copa, direto da África do Sul, que abordava as notícias das equipes que entrariam em campo durante o dia, além de estar de olho na Seleção Brasileira. Após as transmissões das partidas, Depois do Jogo com duas exibições diárias, apresentava uma cobertura completa sobre os jogos do dia com a participação de convidados especiais. Tinha também o noticiário BandSports News, com duas edições diárias, apresentou matérias exclusivas sobre todos os participantes do Mundial, inclusive a Seleção Brasileira, o debate Bola Rolando, analisou a situação de cada seleção durante o torneio, os jogos do dia, os principais lances, os jogadores e as expectativas para as próximas partidas, apresentado por Elia Júnior, Mauro Silva, Sílvia Vinhas e Sérgio Patrick, além de convidados e Dois no Banco com uma hora de duração, reuniu nos estúdios de São Paulo os jornalistas Ivan Zimmermann (especializado em futebol americano) e Celso Miranda (que entende tudo de esportes a motor). Ambos, que não são especialistas em futebol, palpitavam sobre fatos, jogos e jogadas da Copa. Destaques também para o Na Geral, humorístico comandado pelo trio Lélio Teixeira, Zé Paulo da Glória e Beto Hora e Crônicas dos Betings, em que os primos e jornalistas Mauro e Erich Beting, além da participação do patriarca Joelmir Beting, que esteve nos estúdios de São Paulo, apresentaram de uma maneira bem-humorada uma retrospectiva dos Mundiais. Tudo teve a apresentação de Elia Júnior, Silvia Vinhas, narração de Eduardo Vaz, Cacá Fernando e Ricardo Capriotti, comentários de Mauro Silva, Erich Beting, Fábio Piperno, Mauro Beting, Sérgio Patrick, Betto Saad e reportagens especiais de William Lopes. O grande desfalque desta cobertura será a ausência de Silvio Luiz. Ele estava com a credencial garantida para a cobertura, mas numa decisão de última hora (leia-se "selfie de cadeira quebrada publicada no Twitter"), a direção da emissora vetou sua ida para a África do Sul, o que levou Silvio a pedir demissão. A geração da programação se dividiu em link aberto entre o Brasil e a África do Sul. Todas as 24 horas de programação foram especialmente sobre a Copa e ao todo, 30 profissionais representaram a delegação do BandSports. A maior parte da programação será gerada em Johanesburgo e uma equipe de reportagem da emissora vai estar permanentemente ao lado da seleção brasileira. Apenas 20% de toda a cobertura foi gerado nos estúdios de São Paulo. O diretor da emissora Eduardo Ramos embarcará para a África do Sul acompanhado de um intérprete (ele não fala inglês) e de um especialista em logística. Quando houver dois jogos simultâneos, o canal vai transmitir ao vivo a partida considerada mais importante e apresentar o VT do segundo jogo, logo em seguida (foi a única TV paga que não mostrou todos os jogos ao vivo). O patrocínio foi de Banco do Brasil, Coca-Cola, Embratel, Extra e Nestlé.


2014 - Brasil
Na Copa "que não deveria ter ocorrido por motivos sócio-políticos", todas as emissoras que detinham os direitos de transmissão mobilizaram todos os profissionais de todas as afiliadas em todo o Brasil, o que dá uma média de 300 pessoas por sede. A Globo contava com a equipe de narradores de sempre: Galvão Bueno, Cléber Machado, Luís Roberto de Múcio, Rogério Corrêa, Rembrandt Jr. e Alex Escobar. Os comentários ficaram a cargo de Caio Ribeiro, Junior, Juninho Pernambucano, Roberto Carlos, Roger Flores, Ronaldo Fenômeno, Walter Casagrande Jr. e Zico. Arnaldo Cezar Coelho, Renato Marsiglia, Leonardo Gaciba e Paulo César de Oliveira analisaram a arbitragem. O patrocínio da transmissão foi de Johnson's, Hyundai, Oi, Coca-Cola, Nestlé, Magazine Luiza, Ambev e Banco Itaú.
A Band prometeu 15 horas de transmissão e apesar do desfalque de Luciano do Valle (que faleceu quase dois meses antes do evento) tinha a narração de Téo José, Nivaldo Prieto, Ulisses Costa, Osmar de Oliveira, os comentários de Bobô, Denílson, Djalminha, Edmundo, Eder Aleixo, Marcos, Neto e Paulo César Caju e o comando dos programas especiais a cargo de Felipe Andreoli, Milton Neves, Renata Fan e Paloma Tocci. O patrocínio foi de Petrobrás, Nestlé, Claro, Caixa Econômica Federal, Volkswagen e Cerveja Itaipava.
O SporTV fez uma senhora cobertura contando com a narração de Milton Leite, Luiz Carlos Jr., Jota Júnior, Linhares Jr., Odinei Ribeiro, Jader Rocha, Eduardo Moreno e Júlio Oliveira, comentários de Maurício Noriega, Beletti, Lédio Carmona, Edinho, Raphael Rezende, William Machado, André Loffredo, Paulinho Criciúma, Luiz Ademar, Ricardinho, Carlos Eduardo Lino, Ricardo Rocha, Wagner Vilaron, Batista, Ivan Andrade, Fernandão e reportagens de Bruno Côrtes, Eudes Júnior, Felipe Diniz, Janaína Xavier, André Hernan, Bruna Gosling, Edgar Alencar, Felipe Brisolla, Guido Nunes, Joanna de Assis, Raphael de Angeli e Pedro Mota. Havia também a participação de Carlos Alberto Torres, Daniel Passarela, Fabio Cannavaro, Franz Beckenbauer e Lothar Mathäus que comentaram a competição em programas especiais. O patrocínio foi de Kia Motors, Banco Itaú, Ipiranga, Cerveja Budweiser, Claro e Mc Donald's.
Já a ESPN Brasil teve que lançar mão de recrutar ex-jogadores na função de comentaristas, algo que não era o seu perfil de cobertura esportiva, a narração foi de Paulo Soares, João Palomino, Paulo Andrade, Rogério Vaughan, Eduardo Monsanto, comentários de Antero Greco, José Trajano, Paulo Vinícius Coelho, Paulo Calçade, Juca Kfouri, Alexi Lalas, Freddy Rincón, Gilberto Silva, Hugo Sanchez, Ivan Zamorano, Jared Borgetti, Juan Pablo Sorin, Loco Abreu, Luis Roberto Zague, Mario Kempes, Michael Ballack, Steve McManaman, Van Nistelrooy e Zé Elias e reportagens de André Philal, Cícero Melo, Mauro César Pereira, André Kfouri, Leonardo Bertozzi, Gustavo Hoffman e Vinícius Nicoletti. O patrocínio foi de Petrobrás, Caixa Econômica Federal, Unilever, Claro, Fiat e Cerveja Heineken.
O BandSports tinha os apresentadores Elia Júnior e Silvia Vinhas, a narração de José Luiz Datena, Oliveira Andrade, Cacá Fernando, Ivan Zimmerman e Heverton Guimarães, comentários de Fábio Piperno, Fábio Salgueiro, Branco, Pedrinho, Ronaldo Giovanelli e Veloso, participações de Mirele Moschella, Renata Saporito, Fernanda Maia, Patrícia Maldonado, Ivan Bruno, Celso Miranda e até do ex-tenista Flávio Saretta, e reportagens de William Lopes, Marcelo Rozemberg e Thiago Kansler. O patrocínio foi de Leites Nestlé, Claro, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Correios, Garoto, Sporting Quiz, Samsung, Volkswagen e Ambev.
E finalmente o Fox Sports, que fazia sua primeira transmissão de Copa para o assinante brasileiro, contava com a narração de João Guilherme, Marco De Vargas, Rodrigo Cascino e Gustavo Villani, comentários de Mauro Beting, Renato Maurício Prado, Mário Sérgio, Paulo Roberto Falcão, Wanderley Luxemburgo e Renê Simões, reportagens de José Ilan e Victorino Chermont, e o comando dos programas especiais de Eduardo Elias e Marina Ferrari. Seus patrocinadores foram Shell, Caixa Econômica Federal, BNDES, Claro, Laboratórios Bayer, Brasil Kirin, Volkswagen e Powerade.

A FIFA, recentemente, postou em seu canal oficial no YouTube, compactos de 2 minutos de TODOS os 64 jogos da Copa do Mundo de 2014. Quem quiser conferir, acesse o link com o playlist completo da competição: https://www.youtube.com/playlist?list=PLCGIzmTE4d0i4BvAgy-hShwPB3R6az-wL

Para Rússia-2018, sinceramente não espero absolutamente nada. O Grupo Globo (cuja única concorrente é a Fox Sports na TV por assinatura) vai mandar uma delegação corporativa de 197 pessoas (rádio, TV aberta, TV paga, jornais e portais da internet) e será uma cobertura mais do mesmo, mas pode representar a última Copa de uma era que começou em 1998 em que certos elementos da mídia esportiva passaram a brigar com a imagem, estar de rabo preso com o poder dos cartolas, vale a opinião do líder da equipe e o resto que se foda em caso de discordância, insinuar conspirações contra o Brasil, enfim. Mas nunca vão deixar o pedestal de "torcedores disfarçados de profissionais", pois sinto cheiro de máfia por parte da imprensa esportiva brasileira, dirigentes de clubes e torcidas organizadas, tudo está interligado a ponto do clubismo ficar em evidência durante o período da competição (coisa que acontece desde 2002) e discriminar jogadores e técnicos pelos times que pertenciam (ou pertencem). E por conta disso, é aclamada por essa mídia podre capaz de fabricar atos de suposto heroísmo para manter o povo brasileiro "sob controle do fanatismo".