Mal terminou o primeiro carnaval desta nova década para desfilar na passarela a ala do Corona-Vírus. Os casos isolados se intensificaram e as suspeitas crescem a cada dia (bem como as mortes causadas pelo tal COVID-19). Toca um alarme nas nossas cabeças de que a coisa é bem mais séria do que se possa imaginar. A economia foi também infectada, escolas estão sendo fechadas, o comércio e o turismo sentindo os efeitos e até a indústria cultural e de entretenimento estão sofrendo com isso (tem muito artista por aí contaminado e ficando de quarentena). Uma das recomendações era de evitar aglomerações, mas que no último domingo foi desobedecida (por mais que as manifestações pró-governistas fossem canceladas ao primeiro momento). É como brincar com a própria saúde num jogo de roleta russa porque nunca saberemos o dia de amanhã, se hoje estamos nos sentindo bem, amanhã teremos o risco de estarmos acamados por algo do tipo. Viu, sr. presidente?
É como se um certo "maior time do mundo, dono da maior torcida do mundo" das cores preta e branca ignorar as recomendações de cancelamento da rodada das federações de futebol do Brasil por tempo indeterminado e mandar duas vezes por semana seus jogadores a entrarem em um campo completamente vazio (vazio vírgula, seus fiéis seguidores estariam lá nem que seja do lado de fora do estádio) e sem adversário, tendo o simples trabalho de empurrar a bola num gol vazio e assim reivindicar tresloucadamente o título de "campeão de tudo" por W.O. nem que seja no STJD.
Este é um caso de saúde pública difícil de ser ignorada! É a primeira vez que eu presencio um surto de vírus abalando os quatro cantos deste mundo. Nunca algo desse tipo causou efeitos drásticos na televisão brasileira. Isso desde o Plano Collor há exatos 30 anos em que o país inteiro teve que apertar o bolso com Cr$ 50 mil e olhe lá. A pandemia de corona-vírus obrigou emissoras abertas e pagas a modificarem suas programações e, pior, suspender gravações que envolvam um grande volume de gente, ainda mais com esse risco de contaminação comunitária no Rio de Janeiro e em São Paulo, os maiores focos brasileiros dessa pandemia mundial.
Na Globo, as gravações de novelas e outras atrações diárias foram suspensas e serão substituídas por reprises em versões compactas. Na Record, os realities que envolvem a participação do público também tiveram de ser canceladas por tempo indeterminado. A Band fez do vírus sua pauta permanente de sua programação, toda ela ao vivo, e o SBT pode optar em cancelar seus manjados programas de auditório (substituindo-as por enlatados e reprises de seus programas antigos, nunca se sabe) ou apresentá-las sem plateia, mas parece que está entregue a omissão. E os canais Globosat decidiram liberar seus serviços digitais e seu pacote completo de canais por 30 dias já que muita gente será obrigada a ficar em casa. Nessa hora, todos devem tomar consciência que artistas, personalidades e profissionais da área são seres humanos como a gente (portanto, não são "deuses") e precisam se cuidar mais do que nunca, pois um ato de desatenção pode ser tarde demais lá na frente.
O jeito é intensificar o telejornalismo. Globo e Record já readaptaram suas programações para colocar a par a população sobre os avanços do Corona-Vírus, porque não existe arma melhor para se prevenir deste mal do que a informação clara e precisa. À propósito, parabenizo o lançamento do canal pago CNN Brasil no último domingo que surgiu na hora certa, apesar de alguns probleminhas técnicos. Uma nova opção de notícias e que valeu a pena essa longa espera de quase um ano de preparação para oferecer uma notícia de qualidade e acima de tudo livre, ainda mais em tempos de fake news, em que toda e qualquer informação bombástica tenha que passar por uma triagem antes de ser divulgada (exemplo a ser seguido pelas TVs abertas). Nesse ponto, é melhor tomar um furo da concorrência do que quebrar a cara lá na frente por morder a isca do fake news (o jornalismo comercial da TV aberta, bem como a polarização política que adora procurar bodes expiatórios, se acostumou com isso). E o SBT? Vai desinformar seu público-fiel do COVID-19 lançando mão de sua contra-programação à exemplo do impeachment da Dilma? (até porque o jornalismo ficou mal-aproveitado com o tempo) Talvez privando seus telespectadores militantes de uma notícia que eles jamais gostariam de ouvir como "Silvio Santos pegou Corona-Vírus nos EUA e seu estado de saúde é bastante grave"? (até porque o supracitado e idolatrado "Patrão" está em tratamento de uma forte pneumonia em sua residência na Flórida e não quer de jeito nenhum apresentar seu programa dominical sem suas "colegas de trabalho" porque sua vaidade lhe permite). Nessa hora, uma frase deve ser esfregada na fuça dos SBTistas das redes sociais: VOCÊS PRECISAM SER FORTES! Pois o próprio dito-cujo declarou: NADA DURA PARA SEMPRE.
Minhas recomendações para aqueles que serão forçados a se recolherem em seus lares: lavar as mãos sempre (nem que seja demorado), ter uma boa alimentação diária, evitar lugares com mais de uma dezena de pessoas, procurar não visitar a família (pra isso existe o Whatts-App, Hangouts, Skype e outras redes sociais audiovisuais) e ter sempre guardanapos de papel e um álcool-gel em mãos. Aliás, álcool-gel deve ser obrigatório em todos os estabelecimentos públicos e privados, assim incentiva a higiene pessoal de todas as pessoas. Eu estou fazendo a minha parte, permanentemente recolhido aqui em casa (desde que fui diagnosticado com Asperger, descobri que tenho dificuldade e insegurança de "correr atrás" dos meus sonhos e interesses), tomando conta do meu blog com as próximas postagens (e são muitas!) e o canal do YouTube também. Aliás, o YouTube pode bater sucessivos recordes de visualizações diárias de vídeos por conta dessa pandemia (e não é uma simples epidemia qualquer).
Até quando vai durar isso? Nunca se sabe se vai durar algumas semanas ou até longos meses, mas de uma coisa eu concordo: o mundo pode mudar da água pro vinho e vai ser outro se conseguirem deter o Corona-Vírus. Porque nós, seres humanos, não somos PORRA NENHUMA nesta Terra (perdão pela contundência).