Agora sim, fechamos definitivamente o ano que passou. É chegado a hora da gente fazer aquele balanço anual sobre o desempenho da televisão brasileira em 2017. Durante o ano inteiro, observei as listas dos 10 programas de maior audiência das cinco redes nacionais de televisão existentes no Brasil através do instituto Kantar-IBOPE Media, desta vez de acordo com o PNT (Painel Nacional de Televisão), que fez um levantamento das audiências das emissoras de acordo com os chamados 15 mercados, isto é, as praças, as cidades que o IBOPE mediu as tais pontuações: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Ainda acho pouco, uma sugestão deste blogueiro ao Kantar-IBOPE Media seria arredondar este universo de praças regulares acrescentando as importantes cidades de Campo Grande, Londrina, Rio Branco, São Luís do Maranhão e Uberlândia, para termos finalmente a audiência dos 20 mercados brasileiros.
O universo adotado em 2017 foram os 24,5 milhões de domicílios e os 68,8 milhões de telespectadores nas 15 cidades em que o IBOPE esteve presente para medir a audiência da TV. Como todos sabem, um ponto de audiência equivale a 1% deste universo. Quando um determinado programa foi transmitido em cidades que somem mais que 92,5% do universo, ele aparece no PNT, é o que acontece com a Rede TV!, que não está presente em todos os "mercados" (precisamente em Belém, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Manaus e Salvador), está no ar apenas em oito das 15 praças pesquisadas. Outra sugestão deste blogueiro é que, se for incluídas aquelas cinco praças para a medição do PNT, o tal índice deveria ser reduzido para 90% para que um determinado programa possa aparecer na lista.
Entre os gêneros de programação que figuraram nos Top 10 das cinco redes foram identificados 17 novelas, 15 shows e variedades, 13 realities-show, 10 jornalísticos, 10 sessões de filmes, 10 transmissões de futebol, 10 games ou concursos e sorteios, 9 reprises, 7 telejornais, 6 séries e seriados, 5 esportivos, 5 humorísticos (ou de comédia), 4 policialescos, 4 minisséries e 3 talk-shows e entrevistas. Os outros gêneros (documentários, shows especiais, infantis, eventos anuais, programas sem formato, etc) totalizam 22. No total, foram 150 tipos diferentes de programas que integraram as listagens ibopísticas. O esquema de pontuação é a mesma que venho fazendo habitualmente: como são 10 programas em cada top 10, o primeiro colocado recebe 10 pontos, o segundo ganha 9 pontos, o terceiro 8 pontos e assim por diante. Antes que alguém reclame, não incluí os índices da TV Cultura, TV Brasil, TV Gazeta e CNT por não integrarem o grupo das redes nacionais e por serem na prática "redes regionais". O que peço aos mais exaltados minhas sinceras desculpas.
Sinceramente, o ano foi "mais do mesmo", se a gente for observar cada Top 10 e os programas mais presentes nas listas do IBOPE. A impressão que fica é que as emissoras apostam nas mesmas fórmulas como ritual supersticioso para segurar seu nicho de público com unhas e dentes com seus manjados esquemas, com medo de migrarem para uma outra opção, seja mais atraente ou agressiva. Enquanto isso, a Globo tem seus cofres entupidos de dinheiro dos anunciantes que se sentem desconfortáveis em investir nas outras TVs e a concorrência, por sua vez, fica de pires na mão baixando o nível da programação, pois dinheiro não faz falta à Globo e as concorrentes sendo obrigadas a dividirem as raspas de tacho graças a política desigual e injusta do mercado publicitário brasileiro. Até o telespectador, o mais flutuante que possa existir, se sente até um pouco incomodado e desconfortável em assistir alguma atração fora da Globo devido a essa agressividade de "adversários" que não sabem ao menos concorrer corretamente com a Globo, daí o vale-tudo gerando a queda de nível de conteúdo, de audiência e de faturamento.
Não podemos esquecer que 2017 foi um ano muito difícil para a TV brasileira não só pela falta de grana, mas por uma novela que durou quase seis meses envolvendo as redes abertas e as operadoras de TV por assinatura: o Caso Simba. O fato que marcou negativamente nossa TV no ano que passou e que vocês puderam ver o andar da carruagem neste blog. Uma firma que juntou três "péssimas" concorrentes da Globo (SBT, Rede TV! e a RecordTV) exigiu cobrança pelo sinal de todas as operadoras existentes neste país, que por sua vez boicotaram o que rezava a legislação da TV paga tirando do ar por tempo indeterminado os três canais, alegando falta de investimento em outras plataformas como o Vídeo On-Demand. Tudo começou como uma bomba, quando o sinal analógico de São Paulo foi desligado em março (outro fato a ser lembrado em 2017), parecia que ninguém entendia ninguém e as reuniões eram em vão. Até mesmo Silvio Santos (que poderia tomar a frente dos interesses da Simba, já que ele tem mídia inteira no bolso, conforme sugeriu este blogueiro) se acomodou e se conformou com o fato num vídeo viral pedido a seus "súditos" comprarem uma antena externa digital para assistirem ao programa dele. Mas foi somente em setembro (semanas depois do desligamento analógico em Goiânia, em que o fato começou a ser reconsiderado e terem feito as operadoras recuarem) que todo mundo se entendeu e as três emissoras enfim voltaram ao ar no dial das operadoras, mas a audiência sofreu sensíveis alterações.
A seguir o Top 10 de cada uma das cinco redes presentes nos 15 "mercados" do IBOPE, seguido de seu índice recorde do ano, e um comentário geral sobre seus desempenhos em 2017:
Rede Bandeirantes
1) Jornal da Band - 4,3 pontos
2) Pânico na Band - 4,6 pontos
3) Masterchef Brasil - 6,3 pontos
4) Só Risos - 3,4 pontos
5) Cine Band - 5,2 pontos com a exibição do filme Shrek
6) Brasil Urgente - 4,0 pontos
7) Top Cine - 4,0 pontos com a exibição do filme Velocidade Máxima
8) Jogo Aberto - 3,1 pontos
9) Futebol Europeu - 5,7 pontos no jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões 2017-2018 entre Paris St. German x Bayer de Munique
10) Pesadelo na Cozinha - 3,4 pontos
Começando pela "Cinquentona do Morumbi", cujas bodas-de-ouro passaram meio que desapercebidas. Seu ponto forte é o jornalismo formal, que vem conquistando cada vez mais um público sério e bem maduro de todas as idades que querem ser informados da maneira correta. Seu ponto fraco é a linha artística, pois desgastou como pôde o Masterchef, considerado o melhor reality da TV brasileira, exibindo de uma vez suas três versões (o tradicional, o Júnior e o Profissionais) e o Pânico, que saiu do ar no findar de 2017 sem acrescentar em nada, apenas mimando um público maconheiro que ridiculariza o dia-a-dia do ser humano. O esporte perdeu as transmissões de futebol do Brasil, mas os "órfãos" se contentaram com as transmissões da UEFA Heineken Champions League, a Supercopa da Europa (disputada em 8 de agosto), torneios amistosos e os bate-bocas do meio-dia comandados por ex-jogadores que defendem seus times mais que tudo no mundo. Descaradamente usando "muletas" para se sustentar, alugando horários a tele-igrejas e os "caça-trouxas" de sempre, a Band tem a faca e o queijo na mão para melhorar uma grade estragada e se sustentar com seus próprios recursos, pois terminou o ano com boas perspectivas para 2018 com a saída do gângster argentino Diego Guebel na direção da emissora e as boas novas contratações, apesar de alguns boatos peneirando por aí (aham!). Seu recorde nacional de audiência foi de 6,3 pontos na exibição do último episódio do reality-show Masterchef Brasil.
Rede Globo
1) Jornal Nacional - 32,3 pontos
2) Praça TV 2ª Edição (ou Praça-2) - 30,4 pontos
3) A Força do Querer - 42,7 pontos
4) Futebol de Quarta-Feira - 33,4 pontos no segundo jogo da final Copa Sul-Americana entre Flamengo x Independiente-ARG
5) Pega-Pega - 35,2 pontos
6) Rock Story - 29,9 pontos
7) Globo Repórter - 33,8 pontos
8) A Lei do Amor - 34,2 pontos
9) O Outro Lado do Paraíso - 38,1 pontos
10) Novo Mundo - 26,8 pontos
Não tem jeito, gostando ou não, a gente vai sempre ouvir falar da "Vênus Platinada". O ponto forte foi voltar a ser o que ela sempre foi e resgatar a importância que sempre teve nas comunicações brasileiras através de seu principal filé-mignon: a teledramaturgia. Pois se mexer demais para se igualar as outras, a audiência cai, mesmo assim não perde sua eterna liderança. Suas grandes produções A Força do Querer, Rock Story, Novo Mundo, Dois Irmãos e Sob Pressão foram sucessos de público e crítica. Outro ponto positivo: jornalismo, cada vez mais independente, com recursos impressionantes para o público se sentir dentro dos fatos, a ponto de mostrar ao vivo as duas votações sobre o arquivamento de denúncias contra o presidente Michel Temer e de ela própria denunciar um suspeito acordo com a CBF, demonstrando estar cansada de "monopolizar" o futebol. E falando em futebol, foi outro ponto positivo que ajudou a Globo reafirmar seu poderio ibopístico, mais por consequência do que por vontade própria, principalmente no meio da semana. Ponto negativo é a falta de qualidade de conteúdo no enredo da própria dramaturgia e até da linha de shows e variedades, libertinos demais e capazes de chocar a todo instante um público conservador, que ainda é muito grande no Brasil, como desse a entender que a emissora "apoia" tal causa. Seu recorde nacional de audiência foi de 42,7 pontos na exibição do último capítulo da novela A Força do Querer.
Rede Record
1) Domingo Espetacular - 12,6 pontos
2) Hora do Faro - 12,3 pontos
3) O Rico e Lázaro - 13,5 pontos
4) Jornal da Record - 11,1 pontos
5) A Escrava Isaura (reprise) - 14,0 pontos
6) Domingo Show - 12,6 pontos
7) Ribeirão do Tempo (reprise) - 7,8 pontos
8) A Terra Prometida - 16,4 pontos
9) A Fazenda - 9,4 pontos
10) Os Dez Mandamentos (reprise) - 7,3 pontos
Começou o ano com o nariz empinado, enaltecendo uma "ostentação terceirizada". Mas, ultimamente, a "Prepotência Televisiva" de uma autêntica corja de bispos envenenou essa pobre emissora. Por integrar a firma Simba, foi a que mais perdeu audiência após ter seu sinal de volta no dial das operadoras quase seis meses depois, o que fez o público se tocar com a ambição de má fé de uma emissora que aposta há 10 anos no desrespeito à inteligência do telespectador para conquistar audiências maiores na marra com o jornalismo marrom e o assistencialismo da linha de shows. Seu ponto forte foi a consolidação da programação regional, embora seguindo essa "tendência" policialesca que não leva a nada, e seu ponto fraco é satisfazer a falsa-esquerda comunista em usar de alguma situação, seja no jornalismo ou variedades, como a exploração do drama dos "esquecidos da mídia", para simplesmente atacar a Globo sem o mínimo critério. O telespectador finalmente se mancou que a Record, atualmente, é uma anti-TV, arma disputa de poder e não faz a mínima falta no mundo da TV. A consagração disso tudo foi o Apocalipse ibopístico que sofreu, o que uma igreja não faz para arruinar a credibilidade e a "liberdade" de um canal de TV atacando as outras religiões e auto-promovendo a Igreja Universal, esta disposta a "monopolizar" o país através da dramaturgia bíblica. Seu recorde nacional de audiência foi de 16,4 pontos com a exibição do último capítulo da novela A Terra Prometida.
Rede TV!
1) Encrenca - 3,3 pontos
2) João Kléber Show - 2,3 pontos
3) A Tarde é Sua - 1,9 ponto
4) Superpop - 1,8 ponto
5) Operação de Risco - 1,6 ponto
6) O Céu é o Limite - 1,6 ponto
7) Luciana By Night - 1,5 ponto
8) Campeonato Brasileiro Série B - 1,2 ponto no jogo entre Goiás x Internacional pelo returno
9) TV Fama - 1,3 ponto
10) Mega Senha - 1,5 ponto
Atingindo a maioridade, a caçula das redes parece ainda estar se portando feito adolescente rebelde. Foi a única integrante do Simba que recuperou a audiência perdida depois que seu sinal retornou no dial das operadoras, embora não esteja ainda presente em todo o território brasileiro. Seu ponto forte é o jornalismo, falo do material humano, mesmo sofrendo com poucos recursos (tecnologia barata só na emissora matriz, diga-se de passagem) o trabalho dos profissionais da área é satisfatório, e também o esporte fixando-se nas tardes de sábado e conquistando um público fiel, principalmente com as transmissões "entubadas" da Série B encabeçadas pelo veterano Silvio Luiz (65 anos de carreira na telinha e ninguém se lembrou). O ponto fraco é a linha editorial que seus programas de variedades seguem desde a década passada: fofocas de artistas dos outros e o desejo pela audiência fácil criando casos cada vez mais bizarros. Fica muito suspeito seu proprietário, Marcelo de Carvalho (dublê de apresentador), defender o aluguel de horários a igrejas e "caça-trouxas" sob pretexto de garantir a folha de pagamento de um canal de TV que em certos horários mal atinge 1% de audiência. Será que "laranjas" estão por trás da Rede TV!, até porque em 18 anos, nada acrescentou na história da TV a não ser polêmicas e mais polêmicas. Seu recorde nacional de audiência foi de 3,3 pontos na exibição do humorístico (ou Whatts-App Comedy Show, não sei qual gênero ideal de programa se fixa) Encrenca.
SBT
1) Programa Silvio Santos - 12,4 pontos
2) Carinha de Anjo - 11,1 pontos
3) Chiquititas (reprise) - 10,7 pontos
4) Tele Sena - 10,8 pontos
5) A Praça é Nossa - 10,1 pontos
6) Pra Ganhar é Só Rodar - 9,9 pontos
7) Caldeirão da Sorte - 9,6 pontos
8) Roda a Roda Jequiti - 10,6 pontos
9) Programa do Ratinho - 9,1 pontos
10) Jogo das Fichas - 10,1 pontos
O que a TV de Silvio Santos fez na reconquista de uma posição da qual jamais se desapega, de vice-líder? Nada. Absolutamente nada. Terminou 2017 como começou, fazendo a mesma coisa para "recuperar" o segundo lugar: ficando na zona de conforto. Embora os "SBTistas do bem" desejam mudanças necessárias numa grade visivelmente bagunçada, as filhotas do Abravanel só ligam para os comentários favoráveis dos "súditos do Patrão" do que "ouvir broncas". Mimar demais faz mal, olha no que deu. E por causa delas, o SBT é a única emissora que se "importa" com os elogios melosos de um fã-clube super barulhento que nada entende de televisão. Não estou metendo o pau, estou expressando minha preocupação. O ponto forte é a dramaturgia infanto-juvenil, que é conservadora e vive "No Reino do Faz-de-Conta", mostrou-se um absoluto acerto, se distanciando dos ADPs da linha de shows, a cereja-do-bolo da emissora, que é justamente seu ponto fraco. Zelando uma longa tradição, os alardeados "programas de auditório" se descaracterizaram por conta das preferências pessoais, tanto das filhas de Silvio Santos quanto dos "SBTistas do mal", e seu público do bem está envergonhado graças as repercussões negativas que logo surgem: demissões e atitudes sem noção, dentro e fora da telinha. Mas há um fenômeno a se observar: os concursos e sorteios de prêmios pela TV ainda interessam seu público. O Programa Silvio Santos, como não podia deixar de ser, é o seu recorde nacional de audiência, atingindo 12,4 pontos.
Entre os filmes de longa-metragem mais assistidos das redes (com exceção da Rede TV!), os de maior audiência foram aqueles exibidos logo no início do ano. Todos muito bons e dignificaram os índices ibopísticos de suas respectivas emissoras. O recorde pertence a Malévola, cartaz de Tela Quente da Rede Globo em 2 de janeiro, marcando 28 pontos de audiência. Na Record, o longa mais assistido foi a animação A Era do Gelo III, cartaz do Cine Record Especial em 31 de janeiro, que atingiu 10 pontos de audiência. No SBT, graças ao bedelho pentecostal das filhas de Abravanel, programou A Filha do Pastor como cartaz da Tela de Sucessos em 27 de janeiro e conquistou 9,4 pontos de audiência. E a Band, já "órfã" do futebol de quarta-feira, passou a preencher o buraco com filmes e se deu bem com a exibição do primeiro filme da saga Shrek como cartaz do Cine Band em 1º de fevereiro, beliscando 5,2 pontos de audiência.
Quanto ao futebol (com exceção de Record e SBT), ainda será, num país como o Brasil, o grande chamariz de audiência e faturamento em qualquer canal de TV, apesar de dirigentes aliados a imensa imprensa podre cismarem de colocar o povão ainda "sob controle do fanatismo". O jogo recorde de audiência foi o encontro envolvendo as seleções de Brasil x Chile na Arena Palestra Itália em São Paulo, em 10 de outubro, transmitido com exclusividade pela Globo, pela última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, obtendo 39,8 pontos. Na Band, seu recorde futebolístico foi um jogo interclubes da UEFA Heineken Champions League entre Paris St. German-FRA x Bayer de Munique-ALE em 27 de setembro, também exclusivo, na fase de grupos da Temporada 2017-2018, em que a "estreia televisiva" do atacante brasileiro Neymar no time francês fez a emissora conquistar honrosos 5,7 pontos de audiência. Agora, se a gente for apontar um recorde de audiência de uma partida entre clubes, o recorde é da Globo com o segundo jogo da final da Copa Sul-Americana entre Flamengo x Independiente-ARG em 13 de dezembro, conseguindo 33,4 pontos. O máximo que a Band obteve de audiência de um jogo entre seleções foi em 28 de junho na semifinal da Copa das Confederações entre Portugal x Chile, disputado em Kazan, uma das sedes da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, conseguindo 4,5 pontos, sendo assim o oitavo jogo de futebol mais assistido de 2017 pela "cinquentona do Morumbi". Quanto a Rede TV!, sem grande alcance que poderia permitir uma cobertura melhor do Campeonato Brasileiro Série B, seu recorde de audiência de transmissão esportiva foi apenas 1,2 ponto na partida entre Goiás x Internacional em 18 de novembro pelo returno da competição. Confiram abaixo os 10 jogos de maior audiência em 2017, entre clubes, na Band e na Globo:
Band - Todas as partidas abaixo valendo pela UEFA Heineken Champions League
1) Paris St. German-FRA x Bayer de Munique-ALE - 5,7 pontos em 27/09 pela fase de grupos da Temporada 2017-2018
2) Paris St. German-FRA x Anderlecht-BEL - 5,6 pontos em 31/10 pela fase de grupos da Temporada 2017-2018 (sendo 2,4% de audiência individual)
3) Bayer de Munique-ALE x Paris St. German-FRA - 5,6 pontos em 05/12 pela fase de grupos da Temporada 2017-2018 (sendo 2,3% de audiência individual)
4) Juventus-ITA x Barcelona-BAR - 5,3 pontos em 11/04 pelo primeiro jogo das quartas-de-final da Temporada 2016-2017
5) Real Madrid-ESP x Napoli-ITA - 5,1 pontos em 15/02 pelo primeiro jogo das oitavas-de-final da Temporada 2016-2017
6) Anderlecht-BEL x Paris St. German-FRA - 4,8 pontos em 18/10 pela fase de grupos da Temporada 2017-2018
7) Juventus-ITA x Real Madrid-ESP - 4,7 pontos em 03/06, pela decisão da Temporada 2016-2017*
8) Barcelona-ESP x Juventus-ITA - 4,2 pontos em 18/04 pelo segundo jogo das quartas de final da Temporada 2016-2017
9) Barcelona-ESP x Paris St. German-FRA - 4,1 pontos em 08/03 pelo segundo jogo das oitavas-de-final da Temporada 2016-2017
10) Monaco-FRA x Manchester City-ING - 3,9 pontos em 15/03 pelo segundo jogo das oitavas-de-final da Temporada 2016-2017
* Somando com os 23,1 pontos conquistados pela Globo, que também transmitiu a final, a audiência acumulada atinge a marca de 27,8 pontos
Globo - Foi a única emissora que transmitiu todos os jogos de elite de times brasileiros em 2017
1) Flamengo x Independiente-ARG - 33,4 em 13/12 pelo segundo jogo da final da Copa Sul-Americana
2) Cruzeiro x Flamengo - 32,1 pontos em 27/09 pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil
3) Flamengo x Fluminense - 31,7 pontos em 07/05 pelo segundo jogo da final do Campeonato Carioca
4) Flamengo x Botafogo - 30,7 pontos em 23/08 pelo segundo jogo das semifinais da Copa do Brasil
5) Corinthians x Fluminense -30,0 pontos em 15/11 pelo returno do Campeonato Brasileiro
6) Palmeiras x Corinthians - 29,9 pontos em 12/07 pelo turno do Campeonato Brasileiro
7) Corinthians x Palmeiras - 29,0 pontos em 05/11 pelo returno do Campeonato Brasileiro
8) Lanús-ARG x Grêmio - 28,8 pontos em 29/11 pelo segundo jogo da final da Copa Libertadores da América
9) Grêmio x Botafogo - 27,9 pontos em 20/09 pelo segundo jogo das quartas-de-final da Copa Libertadores da América (sendo 30,7% de alcance acumulado individual)
10) Independiente-ARG x Flamengo - 27,9 pontos em 06/12 pelo primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana (sendo 28,8% de alcance acumulado individual)
Diagnóstico para 2018 na TV brasileira:
O ano que vem aí será marcado por dois grandes eventos: a Copa do Mundo da Rússia e as eleições gerais brasileiras. Podemos dizer três com o "Julgamento do Ano" do ex-presidente Lula, que pode determinar o destino do Brasil a partir de 2019 e servir até de rumo para as eleições propriamente ditas. A Copa, nós podemos dizer que, na TV aberta (SporTV e Fox Sports transmitirão pela TV paga), a Globo será a super-campeã com uma cobertura "exclusiva" bastante previsível (papagaiada em favor do Brasil, o sentimentalismo exagerado em prol do hexa e um Galvão Bueno em sua última Copa se queixando da falta de perfeccionismo da nossa Seleção, uma das favoritas do torneio) pois nunca se sabe se a Band pode nos surpreender anunciando sua desistência na cobertura da competição alegando problemas logísticos pois a crise tá braba e ninguém da equipe de esportes da emissora quer ficar de fora da transmissão direta das sedes da Copa nem que seja pra se espremer num minúsculo espaço do IBC, o Centro Internacional de Imprensa (como fez a saudosa Manchete na Copa de 90). Quanto as eleições, novamente a Globo será assunto, mais como alvo do que pela super-cobertura que fará pelo Brasil afora (as outras se contentam com os debates), pois dependendo da sentença que o "molusco dos 4 dedos" irá receber, a falsa-esquerda comunista, relutante em ponderar os fatos, culpará a emissora-líder de instaurar o "clima caótico", mais pela ignorância de promover agitações e protestos do que se tocarem de que o Roberto Marinho já não está mais entre nós. Quando ele era vivo, o "jornalista" determinava quem deveria ser o presidente e qual seria o ministério ideal, funcionando como um "guru político de mídia". A postura do jornalismo Global comparada com a de 20 anos atrás é de liberalismo político do que defender ideologias, daí essa mania de dividir o Brasil com esquerda e direita e se esquecem do principal, olhar para a frente e para o alto. O falecido ex-presidente Figueiredo já alertava do perigo de haver uma guerra civil no Brasil num cenário como este.
Sobre cada emissora, a Band tem tudo para se libertar das "muletas" que as sustentam financeiramente e parar de desgastar o Masterchef ou qualquer reality-show que possa surgir (quando é que a segunda temporada do X-Factor Brasil sairá do papel?), pois se a ida de Gugu Liberato se concretizar (caso contrário, o aconselho trocar o ano sabático para criar um canal no YouTube, que será um grande sucesso), ele terá o dever de fazer o mesmo que Silvio Santos fez com a Record em 1976, fazer sociedade com o Johnny Saad e adquirir 50% do controle acionário da Band se responsabilizando pela área artística e setor comercial (e empossar seu amigo Homero Salles na função de diretor superintendente da emissora no lugar de Diego Guebel). Apesar das demissões serem um mal presságio e o risco de "enxugar os salários" para permitir investimentos maiores em sua programação, ela precisa recuperar o prumo que começou a perder após o falecimento de João Saad. A Globo precisa ser uma TV mais simpática e temorizada (não o "temor" de medo, mas o "temor" de respeito e credibilidade), tomar cuidado com os modismos libertinos e o sentimentalismo pelo esporte brasileiro, repensar no que for oferecido ao público conservador e mostrar que não quer ser mais a "dona do Brasil", provando que sua liderança é consequência de muito trabalho, uma prova disso é a super-produção Deus Salve o Rei, que promete ser o novo sucesso do ano, e O Outro Lado do Paraíso, novela que terminou 2017 herdando o mesmo público de A Força do Querer e tem tudo para manter a fama Global de "parar o Brasil" na faixa das 21 horas. A própria Globo precisa também ser rigorosa com o mercado publicitário em reavaliar seus esquemas e ajudar as concorrentes a ter uma participação generosa em verbas de mídia, pois no fundo ela tá cansada de se entupir de dinheiro e não ter um digno adversário a sua volta na TV aberta.
A Record eu não sei, será "mais do mesmo" em 2018, estando ela ainda sob o domínio da Igreja Universal do Reino de Deus, ainda agirá feito uma lata vazia boçal, ainda mais o Macedão nomeando sua filhota como interventora, digo, diretora que não entende nada de TV, metendo o bedelho em tudo quanto é conteúdo de programação, jornalismo e entretenimento, para comprovar a tese de que a igreja do papai é a "melhor do mundo", extorquindo dinheiro dos fiéis mais humildes, se aproveitando da boa vontade dos servos mais dedicados às Escrituras Sagradas e atacando as outras religiões sem o mínimo critério, se esquecendo que no Texto Constitucional é registrado que o Estado é LAICO, mas a bancada evangélica pró-Lula & Dilma na Câmara e no Senado pisoteia nesse parágrafo conseguindo tudo que querem, moralmente apoiando-se na ideia utópica de um monopólio religioso no Brasil e isso é perigoso. Ela precisa ter identidade própria ao invés de copiar os outros e jogar na cara lá na frente. A Rede TV! também não dá pra esperar nada, seguindo aquela famosa expressão "em time que está ganhando, não se mexe", sua linha de programação permanecerá inalterada (como vem se mantendo nos últimos anos) até Deus sabe quando, só precisa tomar cuidado pra não desgastar seus carro-chefes, agora se pintar de repente uma CPI comprovando a participação de "laranjas" como responsáveis pelas finanças da emissora, isso pode representar a ruína. Por outro lado, seria mais fácil o Marcelo de Carvalho comprar parte da CNT se deseja expandir o sinal de sua rede em praças importantes do IBOPE como Campinas, Curitiba, Salvador e Goiânia (se é que adquiriram o canal 7.1 digital da terra do meu Tio Hélio, porque não Campo Grande e Londrina?) com o dinheiro que ganha oferecendo aluguel às igrejas e caça-niqueis, embora pareçam "insuficientes" para garantir a saúde financeira da "rede caçula" (mas dinheiro pra investir na sede de Osasco com tecnologia barata, ah, ele tem).
E o SBT? Se a vaidade deixar de ser "virtude", sem dúvida permitirá que gente séria focada no conteúdo, deixando essa visão de TV como balcão de negócios, as coisas tendem a melhorar, aliado ao sucesso das novelas infantis que precisam de textos nacionais (chega de adaptações latinas). Uma mexida na programação nunca é demais e a linha de shows, pra evitar maiores desgastes, deve ser exclusivamente nos finais de semana. As filhas de Silvio Santos precisam permitir uma "abertura" de novas ideias para que o SBT dignifique a condição de "segunda rede do Brasil" e descentralizar de vez a imagem da emissora em seu pai, o motivo dos "SBTistas das redes sociais" em relutarem para se preparar psicologicamente num SBT sem o "Patrão". Se continuar assim, os efeitos podem ser irreversíveis, um suícidaço pode surgir e o Grupo Silvio Santos pode sofrer o mesmo efeito dominó que aconteceu com as Indústrias Matarazzo (como o fim doloroso e trágico da emissora que ninguém quer imaginar), a Família Abravanel precisa tomar muito cuidado pois Silvio Santos do alto de seus 87 anos de idade pode nos deixar a qualquer momento (ele não tem mais a mesma energia e a lucidez de um cinquentão, mas se ele tem a mídia na palma da mão e ainda quer chamar atenção, aconselho-o a se candidatar a Presidente da República). Isso é um alerta! E vamos parar com esse puxa-saquismo, condenar aqueles que deixam a emissora por "traição" (atiçando o ódio mortal desnecessário dos SBTistas de plantão) e a visível falta de caráter de muitos "artistas" descaradamente apadrinhados que surgem do nada na emissora, apenas para estimular o culto a Silvio Santos. Isso é crônico. A Aids pode ter cura, o Vírus Ebola também, mas o SBTismo parece que jamais terá cura.
A frase de efeito para a televisão brasileira em 2018 sair do óbvio, deixar de ser a mesma, dar um passo a frente e mudar para melhorar, visando o bem geral, é esta: BASTA QUERER!
É preciso uma união absolutamente suprapartidária. Não é o momento de divisões, não é o momento de fisiologismos, é o momento para pensarmos no Brasil. Fazendo isso nós teremos uma mídia mais forte e mais independente. E quanto mais independente for a mídia, menos estaremos sujeitos ao facciosismo. Se nós tivermos uma mídia adulta, responsável e absolutamente isenta, estaremos construindo o Brasil que nós queremos para os nossos filhos e para as gerações que seguirão.
Marcelo de Carvalho
É preciso uma união absolutamente suprapartidária. Não é o momento de divisões, não é o momento de fisiologismos, é o momento para pensarmos no Brasil. Fazendo isso nós teremos uma mídia mais forte e mais independente. E quanto mais independente for a mídia, menos estaremos sujeitos ao facciosismo. Se nós tivermos uma mídia adulta, responsável e absolutamente isenta, estaremos construindo o Brasil que nós queremos para os nossos filhos e para as gerações que seguirão.
Marcelo de Carvalho
#PorUmaTVMelhor
Fonte: Dados & Rankings do instituto Kantar-IBOPE Media (https://www.kantaribopemedia.com/conteudo/dados-rankings/)