Estou desiludido. Isso mesmo, muito desiludido!
Sofro muito com essa minha condição de Síndrome de Asperger quando não consigo nada do que eu desejo e daquilo que eu acho parecer ser.
Notei agora que tenho problemas de falta de auto-estima, minha mãe quase nunca elevou minha moral, eu sinto que ela não sente aquela confiança em mim como antes.
Os que sofrem com esse transtorno vem sendo alvo constante de preconceito e chacota no dia-a-dia e em diversas comunidades sociais, como o YouTube por exemplo.
Se eu tocar nesse assunto com minha mãe, ela não entenderia, diria que é uma besteira. Não adianta, então, se minha vida é uma besteira, porque eu nasci?
Excesso de broncas, desencorajamentos, falta de apoio e ninguém pra conversar comigo sem adulação ou persuasão. Isso pra mim é como uma tortura chinesa.
Me desequilibro mesmo quando desabafo e muita gente pega no meu pé direto, me tirando o direito assegurado na Constituição: o da liberdade de expressão.
Não sou babá de gente mimada que tem preguiça de fuçar na internet, preferindo se bitolar no smart-phone e integrar em "fã-clubes morais".
Bajulam gente sem juízo mais pelo que faz, representa, têm e status social do que ser amigo de verdade de um alguém pelo que realmente é.
De tanto "pegar pilha" das preferências dos outros, uma sequência de maus pensamentos vem atormentando a minha cabeça.
Venho fazendo um curso para que os Aspers ingressem no mercado de trabalho. Mas tenho lá minhas dúvidas se isso pode dar certo comigo.
Minha vida anda corrida e tenho que conviver com um monte de nerds obcecados em TI, viciados em X-Games e que só conversam sobre futebol.
Outro problema: o apego que tenho das pessoas. Neste curso que tô fazendo, estou evitando fazer amizades, até porque não gosto de ninguém de lá.
Esse gosto pela televisão que eu adquiri desde meu nascimento é em grande parte o motivador de meus sofrimentos, decepções e frustrações.
Me sinto um verdadeiro trouxa quando acredito que "tudo vai melhorar" e que alguém poderá fazer uma coisa legal na TV, mas quebro a cara quando nada acontece.
A todo instante aparecem em minha mente flashbacks de "foras" e momentos constrangedores da minha vida, muitos deles com uma televisão ligada.
O que passa pela minha cabeça agora é desistir de tudo e me suicidar até o fim do ano. Não acredito em mais nada. Essa dor não existiria se eu fosse "normal".
Se eu pudesse mudar de nome, queria me chamar Albamerindo, porque Albamerindo é sinônimo de idiota. É assim que eu me sinto: um idiota.
Peço perdão por estar assim tão deprimido.
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