HISTÓRIA: Semana Maldita na Globo

© Grupo Folhas - Todos os Direitos Reservados Quem viveu o ano de 1990 , seja criança ou adulto, sabe que a grande atração televisiva daquel...

terça-feira, 30 de abril de 2019

ESPECIAL: Minha História


Pois é, queridos amigos seguidores do ÊHMB De Olho Na TV. Hoje estou atingindo a idade de Cristo e peço licença a todos vocês que acompanham este blog para que, neste post especial, eu partilhe com todos vocês um pouco da minha história de vida para que possam me conhecer melhor.


1986: Recém-nascido

Nasci em São Paulo capital no dia 30 de abril de 1986. Sou filho de uma comerciante paulistana da Lapa e de um professor de curso técnico nascido no Ceará, que veio para São Paulo adolescente junto com suas irmãs através de um tio rico.


Ainda 1986: Seis meses

Minha paixão pela TV vem desde bebê. Meu pai tinha um televisor Sharp Linytron de madeira com seletor e resolveu colocá-lo no meu quarto porque ele havia comprado um Philco-Hitachi Estéreo novinho pra ele e pra minha mãe. Foi aí onde tudo começou. Minha primeira lembrança de ter assistido alguma coisa na telinha foi com o humorístico Chico Anysio Show com o personagem Jovem.


1987: 1 Ano

Como toda criança que se preze, eu assistia todos os programas infantis da época que você possa imaginar, lembro disso sem sentir saudade. Mas eu ia além vendo diversas atrações de todas as emissoras de então e chegava ao ponto de ver TV com os meus pais no quarto deles na hora de dormir. Quando eu acordava, a primeira coisa que eu fazia era ligar a televisão, a ponto de ver a TV Cultura ainda fora do ar e iniciando as atividades do dia por volta de 9 horas da manhã ao som do Hino Nacional Brasileiro.


1988: 2 Anos

Mas o gênero de programação que mais me chamava atenção era os programas de auditório. Cheguei a ver o Perdidos na Noite com Fausto Silva, o Clube do Bolinha, o Show do Paulo Barboza, o Luiz Lauro, o Ney Gonçalves Dias, Osmar Santos, um pouco de Hebe e, obviamente, o Programa Silvio Santos.


1989: 3 Anos

Sou de uma época em que comecei a pegar a fase do Gugu quando ele já dividia os domingos com o Silvio Santos. Todo sábado à noite, na época do Viva a Noite, eu pegava as gravatas do meu pai, vestia um terno semelhante a que o apresentador estava usando no programa e o imitava, sonhando um dia poder trabalhar dentro da televisão e ser que nem ele. Eu me identificava com o apresentador loiro pela "semelhança física".


1990: 4 Anos

Meu pai assinava a Folha de São Paulo e a Revista Veja e o que eu mais gostava de fazer quando pegava o jornal e a revista do meu pai era ver um suplemento ou uma página que falava de TV para ver a programação do dia das emissoras. Admirava os símbolos de todos os canais, os recortava e brincava. Esse hábito eu estendi em qualquer lugar que tivesse um jornal, mesmo quando não tinha uma tesoura para recortar os logotipos dos canais de TV ou fotos de programas.


1991: 5 Anos

Outro hábito que eu adquiri: pegava livros velhos e agendas usadas para fazer desenhos com tudo que era relacionado a TV, desde artistas e cenários a símbolos de programas e emissoras, bem como histórias em quadrinhos cujos personagens eram gente de TV como Gugu, Xuxa, Chaves, Leandro & Leonardo, Os Trapalhões, etc. Como eu era bem pequeno, eu recortava as figuras e brincava com elas. Perdi muito gibi, muito livro e muita revista por causa disso.


1992: 6 Anos

Meu pai morreu quando eu tinha de 4 pra 5 anos de idade. Não me lembro de que forma e em que situação minha mãe me deu a triste notícia, mas seguimos a vida. Minha mãe conheceu um cara que sonhava em abrir um negócio com uma loja de tecidos e retalhos, mas como o estabelecimento ficava num bairro distante de São Paulo, ela me deixava na casa de meus avós durante grande parte do dia para que uma Kombi escolar pudesse me buscar para ir à aula à tarde, ida e volta.


1993: 7 Anos

Na casa da minha finada avó, havia uma salinha de TV e com o aparelho ligado, eu inventava que apresentava uma série de programas em sequência. Tinha um jogo de dominó e eu pegava as peças, montava uma plateia e encontrava até bilhetes de raspadinha perdidos pela casa para montar os cenários. E pedia pra minha avó algumas folhas de papel e uma caneta para eu desenhar os artistas, os símbolos e os personagens da TV. Fazia isso todas as manhãs. Como minha também saudosa tia materna morava perto da casa dos meus avós, vez e outra eu me divertia com meus primos graças a uma nova diversão eletrônica: o videogame. Confesso que este sempre foi meu sonho de consumoQuando eu estava em casa, todo sábado de manhã, eu pegava tábuas de madeira, as encostava na parede do meu quarto, montava cenários com brinquedos e objetos que eu possuía e inventava uns programas de TV com um monte de bonecos que eu tinha aqui comigo. Não era só programa de auditório, eu criava séries de televisão e programas de variedades sem plateia.


1994: 8 Anos

Perto de completar 10 anos, eu tinha a mania de comprar cadernos em branco ou usar as apostilas usadas da escola para escrever os créditos dos programas de TV que eu assistia, sem contar os desenhos de cenários, artistas e personagens da telinha. Foi aí então que comecei a ter um novo hábito: criar grades de programação de uma emissora de TV fictícia (eu a batizei de TV Júnior), inspirada no que rolava nas emissoras na época.


1995: 9 Anos

Uma vez eu estava no sótão de casa quando encontrei numa estante uma velha revista que contava os 80 anos de história do Brasil da Companhia de Cigarros Souza Cruz. Aquilo me deixou curioso porque eu já curtia a história do Brasil, porém uma página me deixou fascinado. Um artigo escrito “Nasce a TV” contando a história da TV brasileira iniciou meu interesse pela memória da televisão, mas o que complementou foi um mini-documentário que vi na TV Cultura chamado Cenas do Século falando sobre a história da TV Tupi, a primeira emissora do Brasil.


1996: 10 Anos

Os cônjuges que viveram com a minha mãe nessa época (foram dois, um em cada metade da década de 90) notaram que eu trocava um passeio ao ar livre pela "babá eletrônica" e não compreendiam minha paixão pela TV. Como minha mãe, na época, queria muito que eu tivesse um "novo pai", o cônjuge em questão tomava as rédeas da casa, a autoridade máxima, a ponto de me proibir sem critério algum de ver televisão. Eu só era proibido pela minha mãe por reclamação na escola. Como eu gostava muito de ver TV, eu ficava irritado quando me chamavam de Chaves na escola, isso porque uma vez num concurso de fantasias de carnaval do antigo primário, quis me vestir de Chaves (sou fã dos personagens de Chespirito até hoje) e acabei tirando o segundo lugar. Esse bullying me perseguiu até eu concluir o Ensino Médio. O que me fazia a ficar "distante" da televisão era quando alguém da minha família paterna (padrinhos de crisma e tios de primeiro e segundo graus) me convidavam para passear ou passar um dia na casa de alguém da família num sábado à tarde.


1997: 11 Anos

Cheguei a ver de perto um programa de TV direto do local. Aos 9 anos, tive a honra de assistir da plateia um Domingo Legal ao vivo. O programa era realizado no teatro da Ataliba Leonel, minha mãe me levou de manhã bem cedo ao local e valeu a pena, eu me diverti. Menos minha mãe que não gostou nada da "experiência". Outro programa foi o Altas Horas, junto com a turma do segundo ano de faculdade de Rádio e TV da Oswaldo Cruz pouco antes de eu fazer 21 anos e também foi legal ter visto algo que só iria para o ar dias depois (a gravação foi numa quarta e o programa exibido num sábado).


Meus bonequinhos da turma do Chaves

Ao longo dos anos, meu programas preferidos foram: Chaves, Chapolin, Castelo Rá-Tim-Bum, As Aventuras de Tintim, Mr. Bean, Os Trapalhões, todos os programas comandados por Gugu Liberato, desenhos animados, documentários históricos, algum programa com um quadro que exibisse imagens antigas da TV (tipo Vídeo Show e Vitrine), Grandes Momentos do Esporte por causa dos jogos antigos com narração original e as grandes transmissões esportivas de Copas, Olimpíadas e etc. Não sou de ver novela, prefiro as minisséries (pelas histórias curtas), mas lembro de minha mãe ter assistido várias delas, destacando Kananga do Japão, Pantanal, Anjo Mau, O Cravo e a Rosa e A Escrava Isaura. Uma única novela (mesmo sendo exibida anos mais tarde) me cativou bastante: Mulheres de Areia, por me identificar com o Tonho da Lua. Minhas referências de vida são Boni e Luciano Callegari, mas também sou fã de dois artistas em especial: do apresentador Gugu Liberato e da atriz Mel Lisboa (ai, ai).


Aquele que eu gostaria de ser desde criança e aquela que eu considero a "musa das musas"

Veio a adolescência, fase difícil e complicada. Uma vez eu estava comentando com a minha mãe sobre um quadro do ET e Rodolfo no Domingo Legal e ela explicou que tudo era armado. Nesse momento fui levado pelo impulso e tomei a decisão de nunca mais assistir ao SBT alegando que a programação estava uma porcaria. Esse "divórcio" durou 2 anos e meio.


1998: 12 Anos

No meu aniversário de 13 anos, ganhei um presentão: um televisor Philips com videocassete conjugado e controle remoto, que era meu outro sonho de consumo na época. Então, comprava todo mês uma fita virgem VHS e passei a gravar em velocidade SLP (capacidade para 6 horas) trechos de programas contendo imagens antigas, videoclipes e algumas cenas e fatos que poderiam me interessar ao longo do mês. Foram exatamente 37 fitas durante três anos de gravação até o cabeçote dizer "chega", quer dizer, já não aguentava mais e começava a deixar resíduos de sujeira nas fitas.


1999: 13 Anos

Como telespectador, nessa fase, passei a assistir muito a MTV Brasil dos bons tempos e acompanhar os principais eventos esportivos. Cheguei a fazer um caderno contando a história das Copas do Mundo até 1998. Eu até brincava que eu estava narrando os jogos de futebol que eram transmitidos pela TV e inventava personagens que eram repórteres e comentaristas. Criava até equipes de acordo com as regiões do Brasil: se um jogo acontecia no Nordeste, todos tinham que ter sotaque nordestino, se um jogo fosse no Sul, era a mesma coisa. Mas minha mãe sempre reclamava que eu falava alto incomodando os vizinhos, principalmente à noite.


2000: 14 Anos

Mas por acompanhar tanto o futebol na minha adolescência que surgiram traumas e consequências que me machucam até hoje e que podem ser também sinais da Síndrome de Asperger como os barulhos externos dos fogos de artifício e os berros da vizinhança que me perturbam até hoje. A brincadeira de narração que eu fazia no meu quarto ajudou um pouco a minimizar alguns traumas e a paixão clubista. Eu era muito são-paulino, ficava tenso só de saber o dia e a hora em que o time jogaria, a ponto de eu ficar em "estado de choque" quando não ganhava.


2001: 15 Anos

Assistia muito os telejornais esportivos à espera de quadros com imagens antigas e gols de certos jogos parar eu gravar, mas sempre vinham com uma visão "apaixonada", distorcida e até persuasiva quando cobriam o Corinthians. Nada contra o clube. A origem do trauma: grande parte da família desse segundo cônjuge da minha mãe (atual pai da minha irmã) é corintiana e por esse motivo não me sentia acolhido pelo marido da irmã dele, que leva a sério esse negócio de rivalidade. Isso me machuca até hoje. Aí algum tempo depois, reparei que a mídia esportiva é enfestada de torcedores disfarçados de jornalistas e decidi parar de acompanhar de vez o esporte na TV e parar de torcer. Foi um processo lento e difícil, ainda mais na época do alarde em que fizeram quando o Ronaldo Fenômeno jogava no clube. Foi uma época psicologicamente tenebrosa para mim, ainda mais quando emprestei meu quarto para minha finada tia materna por 4 meses enquanto ela tratava de um câncer no intestino.


2002: 16 Anos

Paralelo a tudo isso, nos tempos do Colegial, tinha que encontrar um curso superior que fosse a minha cara com qual pudesse seguir carreira. Poderia ser cartunista pelo fato de desenhar os artistas e personagens da TV, mas encontrei Jornalismo e Rádio & TV pra seguir uma carreira na área que eu mais gosto. Logo, fui ver que o primeiro não era minha cara porque não assistia os telejornais tradicionais, meu negócio era Rádio & TV mesmo. Entrei na faculdade muito novo, quando estava na casa dos 20 anos e me sentia imaturo e inseguro na época.


2003: 17 Anos

Durante o primeiro ano de curso, eu apresentava toda quinta-feira um programa de rádio das 18 às 19 horas na emissora interna da faculdade, que tinha música e notícias pitorescas e curiosas. Meu esquema musical era esse: na primeira meia-hora seguia a linha flashback e na segunda meia-hora, quando a "audiência" crescia, ia pro segmento pop-rock.


2004: 18 Anos

Enquanto eu estava no segundo ano de faculdade, descolei um trabalho voluntário numa igreja evangélica perto de onde eu moro na qual frequentava minha mãe e eu, operando o Datashow durante os cultos, isto é, através do projetor, colocava os slides com os recados da igreja, ilustrações das pregações e as letras dos "louvores" que tocavam por lá.


2005: 19 Anos

Fiquei 10 anos prestando serviços de bom grado, mas nunca senti o reconhecimento das lideranças de lá. Cheguei até a receber por seis meses uma ajuda de custo de aproximados R$ 500 por mês, só que nunca fui puxa-saco de ninguém. Passava nervoso quando extrapolavam o roteiro musical, haviam papos paralelos de futebol, jogo de vaidades do corpo de obreiros e ainda mais quando havia um defeito técnico que perdurava semanas sem chamar alguém pra arrumar. Não podia reclamar com medo de que alguém ou me mandasse para "aquele lugar" ou insinuasse que "dei brecha pro demônio", aquelas coisas típicas de "irmãos de igreja" mimados e dominadores. Esses foram os motivos que me desgastaram por lá e senti no coração que havia chegado a hora de sair da igreja. Posso não acreditar em Deus com a cabeça, mas creio com o coração.


2006: 20 Anos

Quando estou em casa, me entretenho vendo vídeos contendo imagens antigas da TV pela internet. A internet chegou em casa em 2002 por via discada, muito fraca por sinal, quando minha mãe atrasava o pagamento do telefone, não tinha linha pra acessar a rede. Foi então que começou minha acessibilidade pela história da TV brasileira, quando conheci um site chamado Tudo Sobre TV, que contava a história da televisão de forma cronológica. Isso me levou a fazer um outro caderno escrevendo toda a história da TV e, depois, armazená-la no computador.


2007: 21 Anos

Depois, para complementar minha pesquisa, descobri um site chamado Museu da Televisão Brasileira, que nada mais é a Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira, a atual Pró-TV. Desde aquela época, o trabalho deles pela preservação da memória da TV me chamou a atenção, ainda mais com várias páginas contando a história de cada emissora. Mas o meu site preferido se chamava Memorial da TV, que tinha áudios em MP3 com vinhetas e chamadas ao longo dos anos e uma outra coisa que sempre me chamou a atenção: as programações antigas de TV.


2008: 22 Anos

De 2007 a 2010 (ano em que a banda larga chegou em casa), foi o período que tive que usar a internet "dos outros" pra acessar o YouTube e criar o meu canal que está no ar há 12 anos. Com mais de 11 milhões de visualizações, mais de 18 mil inscritos e mais de 2.800 vídeos publicados, meu canal é segmentado em memória da TV brasileira, seja num intervalo comercial, num trecho de programa ou até mesmo na íntegra. Consigo essas imagens através de colecionadores ou em vídeos longos já postados, mas que passam desapercebidos os "breaks comerciais". Esse método fez escola em outros canais, mas agora, estou resgatando o meu acervo particular de VHS.


2009: 23 Anos

Depois que me formei na faculdade, passei a dedicar meu tempo livre no meu canal no YT enquanto enviava currículos sem retorno. Foi aí que eu me associei a Pró-TV mais por ser um incentivador pela preservação da memória da TV, mesmo não possuindo parente que já trabalhou na TV, mas sou convidado a participar de encontros, reuniões e eventos dessa ONG pela qual sou apaixonado. Conheci um amigo que é advogado e que quando pode me convida pra assistir um evento anual do qual ele é julgador, o prêmio da APCA, no qual aproveito a oportunidade para tirar fotos com os artistas.


2010: 24 Anos

Meu canal no YT começou a crescer a partir de 2013 com a frequência de postagens semanais de vídeos e foi aí que fiz amizades virtuais. O que eu não sabia é que esses primeiros "amigos" tinham problemas bem piores que os meus. Um sofria de depressão, era viciado em tranquilizantes, trabalhava numa biblioteca pública, não teve nem pai nem mãe, foi criado pela avó e é o que chamo de "SBTista do mal", defende a emissora com unhas e dentes confiando cegamente em tudo o que diz e faz o Silvio Santos, levando a sério essa história de "traição" e "parceria eterna". Ele me fazia de divã me mandando mensagens privativas todo santo dia se queixando da programação de domingo, murmurava pela conquista do segundo lugar e sugava meu sangue pelo canudinho direto esperando que eu concordasse com ele em alguma coisa.


2011: 25 Anos

O outro escondia que tinha deficiência mental, sofreu bullying ao longo da vida, defendia a imagem "imaculada" das novelas da Globo, criticava o SBT e a Record, criava apelidos infames a programas que ele não gostava, proibia as pessoas de comentarem sobre programas humorísticos, também enviava mensagens todo santo dia só que de forma robotizada, não podia errar na grafia de uma palavra que ele reenviava a mesma mensagem. Muita dessa raiva dele acabou sendo transferida para mim.


2012: 26 Anos

Mas logo vieram os "amigos do bem", destacando dois em especial. Um do interiorzão de São Paulo que não se expõe em demasia em sua rede de canais no YT (ele trabalha com finanças) e compartilhamos a parte boa da história da TV. Outro é do Rio Grande do Sul, que possui uma coleção de quase 5 mil fitas VHS com um monte de registros antigos da TV brasileira, a ponto de ter feito uma "sessão retrô" numa feirinha da cidade dele.


2013: 27 Anos

Impressionados pela meu vasto conhecimento sobre televisão, fui estimulado a criar o blog ÊHMB De Olho Na TV, onde exponho minhas opiniões sobre a televisão, histórias a respeito do veículo e lancei a #PorUmaTVMelhor em que encontrava soluções para melhorar um veículo desgastado e que hoje virou playground de luxo a "sociopatas sarristas" que matavam aula pra fazer bagunça feito a "turma do fundão", vivem só de smart-phone nas mãos e ficam rindo sem nenhum motivo, fazendo com que a vida seja um eterno stand-up.


2014: 28 Anos

O que era para ser um blog com postagens bissextas, em 2017 resolvi compartilhar algo que eu colecionava no computador para manter uma regularidade de posts e conseguir monetizá-lo: as programações antigas, de acordo com a data do momento. Mas em dados momentos, eu publico alguns posts de opinião um tanto quanto explosivas. Tenho consciência de que eu não sei medir meus limites e a consequências por mais que eu domine o assunto televisão.


2015: 29 Anos

Um Asper tem uma visão bem crítica das coisas, é apegado em detalhes que passam desapercebidos no meio da televisão. Sinto que meu senso crítico fez com que todas as portas dos canais de TV fossem automaticamente fechadas para mim por conta de um monte de fã-clubes virtuais espalhados por todas as redes sociais e que infelizmente uma mídia podre e certos canais de TV acabam dando bola como se "a voz do povo é a voz de Deus".


2016: 30 Anos

De tanto pegar pilha dessas "latas vazias" acabei absorvendo um sentimento de ódio mortal de emissoras administradas e arrendadas por igrejas evangélicas, de um sistema político sujo de empoderamento sócio-financeiro-moral, da infiltração da militância esquerdista-comunista nos meios de comunicação e na "classe evangélica dominante" e de um dono de canal de televisão que tem a mídia inteira a seu favor, que aplaude de pé suas atitudes de humilhação e constrangimento em rede nacional, desgastando sua imagem comprovadamente histórica de "sinônimo da TV", sob pretexto de que ninguém no Brasil possa chamar mais atenção, dar mais audiência ou fazer mais sucesso a não ser ele, demonstrando ciúme e ingratidão. Todos sabem de quem estou tratando.


2017: 31 Anos

Pra finalizar, eu tenho muitos sonhos, mas tenho dúvidas de que alguém conheça a minha causa e me ajude a colocá-las em prática. Primeiro: a criação de um prêmio independente que possa premiar de verdade os melhores artistas e programas da TV brasileira ao longo da temporada. Fico revoltado ano após ano o fato de um prêmio como o Troféu Imprensa usar os canais concorrentes para servir de autoafirmação do SBT, emissora organizadora, contando com um formato batido de um programa de calouros com jurados bem vistos pelo "fã-clube de Silvio Santos" que são capazes de serem tomados pelo "clima" da votação (instruídos pela produção), se derreterem de amores pelo "Patrão" e de colocarem a mão no fogo pela emissora dele por mais que os programas sejam ruinzinhos, arrastando sem critério a concorrência pra debaixo do chinelo, dando a entender que a emissora dele é "melhor" que as outras. Sempre defendi sua independência ou o potencial para ser um prêmio exclusivamente de música pelo fato dos internautas não saberem votar, sendo influenciados por fã-clubes virtuais (que não são poucos). Pedi até um tempo atrás pra poder integrar a produção do "Oscar brasileiro", mas no SBT estranho não entra, você precisa ser da família Abravanel (ou possuir alguma ligação familiar ou de amizade) pra estar lá dentro. Quem critica o Silvio Santos, por mais que seja de forma construtiva, as portas estarão fechadas para sempre, até mesmo como visitante as portas jamais se abrirão. E olha que moro próximo ao KM 12 da Via Anhanguera e a emissora se localiza no KM 18.


2018: 32 Anos

Segundo: a criação de uma nova rede aberta de televisão. De tanto elaborar grades fictícias de programação, notei que haviam muitas TVs abertas de aluguel, capazes de ficarem 22 horas por dia transmitindo programas de igreja para garantir a folha de pagamento dos funcionários e manter as contas em dia. Isso é revoltante. Um exemplo disso é a CNT. Tinha uma boa programação, mas bastou seu dono morrer num acidente aéreo que tudo desandou e ficou sob o poder da classe evangélica. Lembro que há um tempo atrás, o Gugu Liberato sonhava em ter seu próprio canal de TV, mas como ele virou "marionete do bispo" (sinto vergonha de ser fã dele), vejo que esse sonho é muito distante e impossível de acontecer. Significaria abertura de mercado, que seria o lado bom disso tudo. Desde criança sonhava em ter um canal de TV, seja como dono ou diretor.


2019: 33 Anos

Mas a vontade de desistir é enorme. Sofro com falta de alto-estima. Sinto tristeza, revolta, insegurança e ódio mortal só de pensar nessas coisas que eu discordo e que barreiras virtuais cada vez maiores são colocadas em minha direção para impedir que eu entre nessa área que eu mais gosto, mais curto e mais amo pra tentar mudar essa série de coisas. Vem em minha mente maus-pensamentos como de cortar os meus pulsos e tirar a minha própria vida tamanha frustração que coleciono, tanto na vida particular como na profissional. Às vezes eu penso: "prefiro me suicidar do que aguentar isso tudo para sempre". E a conclusão que tiro é que minha vida é uma tortura chinesa, não tolero mais nada, chega! Ninguém ainda sabe lidar com um portador de Asperger. Minha vontade é de desistir de tudo e me matar porque nossa sociedade virou uma sociopatia. Perdão pelo pessimismo.



Se alguém me perguntar se eu sou feliz, eu respondo: não sou 100% feliz, mas tenho vontade de sobra de estar nos meios de comunicação, mesmo que seja uma emissora de rádio, desde que respeitem meu espaço, minhas limitações e minhas condições. Esta é a mensagem que eu deixo.